I SÉRIE — NÚMERO 23
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Aplausos do CH.
O Sr. Presidente: — Passamos agora à apreciação da proposta 935-C, do PSD, de substituição da tabela
do n.º 1 do artigo 68.º do Código do IRS, constante do artigo 140.º da Proposta de Lei n.º 109/XV/2.ª, tendo a
palavra, em nome deste partido, o Sr. Deputado Alexandre Simões.
O Sr. Alexandre Simões (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
avocamos a proposta de alteração do PSD relativa ao artigo 140.º que contempla a redução das taxas de IRS.
Esta proposta retoma o espírito da proposta de setembro de devolver o excesso de receita fiscal que o
Governo está a cobrar a mais, face àquilo que está previsto em Orçamento. Aliás, recordo que, em dois anos,
foram arrecadados mais de 13 000 milhões de euros não autorizados pela Assembleia da República. Foi qual
príncipe João Sem Terra, de má memória, que assentou a sua política em impor impostos sem qualquer
autorização do Parlamento.
Aliás, a não-atualização dos escalões permitiu, em si mesma, a arrecadação — a nosso ver, ilegítima — de
mais de 523 milhões de euros. É, por isso, de justiça desagravar o IRS, especialmente para os trabalhadores.
É uma prioridade do PSD aumentar os rendimentos das famílias e reduzir o IRS até ao 8.º escalão.
Aliás, o que vemos, no caso do Partido Socialista, é que aquilo que promete dar com uma mão retira, de
imediato, com a outra, com um aumento do mesmo valor dos impostos indiretos.
Não nos podemos resignar, por isso, a ser um País pobre, onde os portugueses ganham menos de 1000 €
— mais de metade deles ganham menos de 1000 € —, o que explica, aliás, porque é que 42 % dos agregados
não pagam sequer IRS.
Clamava Camões, no Canto III da sua, que é nossa, eterna epopeia, em relação a um governante que
também deixou o País no pântano, assim se diga, que «o fraco rei faz fraca a forte gente».
Merecemos mais, o povo português merece mais e temos, por isso, apenas de fazer uma coisa: virar a página
do socialismo. De qualquer modo, será já em março que os portugueses terão a oportunidade de escolher um
novo caminho, um caminho com menos impostos, com mais liberdade e, acima de tudo, um caminho de
progresso.
Aplausos do PSD.
O Sr. Miguel Matos (PS): — Boa sorte!
O Sr. Presidente: — Passamos agora à apreciação da proposta 1688-C, do PS, de substituição da alínea a)
do n.º 11 do artigo 78.º-D do Código do IRS, constante do artigo 140.º da Proposta de Lei n.º 109/XV/2.ª, tendo
a palavra, em nome desse grupo parlamentar, o Sr. Deputado Diogo Cunha.
O Sr. Diogo Cunha (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr.as e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs.
Deputados, o Orçamento do Estado que nas últimas semanas debatemos e que vamos aprovar representa o
maior investimento de sempre nas gerações mais novas dos portugueses.
Nenhum jovem ficou fora deste Orçamento, virado para as famílias e para o aumento dos rendimentos.
Protestos de Deputados do CH.
Já em 2024, haverá novas medidas de incentivo à emancipação jovem, permitindo que esta geração se torne
a geração mais realizada de sempre.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Está com febre!
O Sr. Diogo Cunha (PS): — Estávamos cientes dos desafios para 2024, quando nos propusemos a devolver
rendimentos, e assim será. Aumentámos a dedução das rendas em IRS de 502 € para 600 €; mesmo os jovens
que pagam IRS poderão agora contribuir para outros jovens; alargámos a consignação de 0,5 % do IRS às