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II SÉRIE - NÚMERO 56

QUADRO IV

Despesas com pessoal relativamente ao total de encargos

(Em percentagem)

Anos

Global

EMGFA

Exército

Armada

Forço Airea

1976 ...........

66,7 60,3

28,9

19

76,9 78,8

76,2 57,9

53,3 49,3

1977 ...........

 

3 — Paralelamente, e no intervalo de tempo que mediou entre a elaboração dos anteriores e actual pareceres, a Comissão de Defesa Nacional obteve elementos adicionais, que permitem melhor compreensão de alguns tipos de despesas realizadas pelas forças armadas.

Assim, e no tocante ao apoio quantificado que a Força Aérea preste a entidades diversas, é possível acrescentar os seguintes dados:

Serviços prestados pela Direcção do Serviço de Infra-Estruturas (a):

A entidades de interesse pú-

blico ............................ 804 000$00

A entidades estatais .......... 4 173 000$00

Materiais cedidos (6):

A entidades de interesse público (c) ........................ 44 412 300$60

A entidades estatais (c) ...... 3 791 175$50

(a) Inclui terraplenagens, melhoramento de caminhos, execução de novas vias de acesso, abertura de valas destinadas a água, esgotos, electricidade e outros trabalhos de construção civil. Todos os encargos inerentes a máquinas utilizadas, transporte e vencimento do pessoal são suportados pela Força Aérea.

(b) Inclui aeronaves abatidas e cedidas, computando-se os valores indicados de acordo com o valor patrimonial.

(c) Inclui o apoio da Direcção do Serviço de Electricidade e Telecomunicações às entidades a seguir indicadas, envolvendo fornecimento de energia eléctrica, utilização de microondas, fornecimento de água e utilização de retransmissores: GNR, GF. ANA, RTP, RDP, Rádio Renascença e serviços prisionais.

No que concerne às despesas realizadas com o serviço militar obrigatório na Força Aérea, é também possível a apresentação do seguinte elemento:

Curso para 300 oficiais milicianos ........................... (a) 21 00 9015$00

Curso para 943 cabos especiais .............................. (a) 21 554 667$00

Curso para 650 praças s/6 (a) 136 130 377$00

Total............ 178 694 060$00

(a) Inclui vencimento, alimentação e fardamento.

Note-se que a estimativa não inclui despesas de funcionamento e instrução.

Para a realização desses cursos é requerida a estimativa de 320 oficiais e 619 sargentos como instrutores e 318 oficiais, 220 sargentos, 415 praças e 8 civis como pessoal de apoio.

Citando apenas o custo dos seus vencimentos e alimentação, pode-se computar em 177 782 540$ a verba a despender era ]978.

Aliás, todo o problema de instrução dos mancebos é área particularmente relevante, porque, sabida como é a escassez de equipamento de que dispõem as forças armadas, é imperiosa uma intensificação de esforço na área de instrução de modo a não só compensar aquela lacuna como também a permitir perspectivar um projecto profissional mais consentâneo com as aspirações individuais e necessidades da Nação.

Julga-se, pois, oportuno e necessário um conhecimento futuro dos custos unitários de instrução dos mancebos, de modo que os cidadãos possam avaliar da intensidade desse esforço.

É, pois, aspecto a realçar em futuros esclarecimentos por parte dos responsáveis militares.

4 — Por último, e à guisa de conclusão, julgamos como adequadas e correctas as conclusões do anterior parecer.

Gostaríamos, por conseguinte, de enfatizar algumas delas:

a) A elevada percentagem das despesas com o

pessoal que era bastante relevante no Exército amplia-se também na Força Aérea e na Armada.

Naturalmente que se reduzem as disponibilidades para o funcionamento das forças armadas, já que se mantém num nível bastante baixo a afectação ao «equipamento e material».

Desse modo, poderá estar comprometida a realização de certas actividades e missões das forças armadas, mormente a um grau de eficiência consentâneo com as suas aspirações;

b) Algumas das sugestões feitas por esta Comissão

relativamente ao Orçamento de 1977 foram atendidas, contudo outras ainda o não foram.

Espera a Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República que quer estas quer as indicadas no ponto 3 deste relatório sejam devidamente consideradas para os orçamentos futuros;

c) As forças armadas portuguesas terão em 1978

circunstâncias desfavoráveis no âmbito financeiro que se prolongarão com toda a probabilidade por mais algum tempo.

Não vão beneficiar de recursos vultosos para o seu equipamento e funcionamento, já que a fracção mais substancial do orçamento será consagrada aos encargos com c seu pessoal.

Será, pois, um orçamento de «sobrevivência e manutenção» e não de «arranque e modernização».

Aliás, esta acção só poderá ser realizada, em termos de um maior empenho, na aquisição de equipamento militar pelo apoio externo de países aliados, situação essa cujo grau de probabilidade é altamente elevado.

Naturalmente que tal como para outros sectores da actividade nacional se deverá apelar para o reco-