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II SÉRIE — NÚMERO 96

Tavira decorrem os ensaios de adaptação dos trigos Arovat (179-5), Taco (1S2-5), Suão (2-2-4-2), Escapei (3-1-1-1), que se têm revelado promissores por serem o resultado da utilização de progenitores já previamente seleccionados para a região {Espanhol 12 Tu laktana, Capreiti, etc).

Tavira foi berço da cevada Arivat que foi estudada na EMP e que após ter revelado adaptação em Israel está a ser multiplicada nos EUA e do qual nós importamos semente.

Aconselha-se igualmente outro cultivar de cevada, designada por seis ordens (Vila), que está muito bem adaptada à região.

No que respeita à aveia, foram estudados através de ensaios de adaptação vários cultivares, satisfazendo à produção de grão as aveias Lampton, A\-16 (proveniente de uma selecção massal) e a Arcansas 48-60, com a designação de Arca,

No que respeita à fava, ensaiaram-se diferentes cultivares de fava para grão e verde, dos quais o seleccionado em Tavira na cultivar espanhola, com a designação de 57-23, é o que está a ser divulgado.

No campo do milho, estudaram-se a adaptação de híbridos e fizeram-se novos híbridos a partir dos cultivares algarvios. Estes híbri-" dos foram ensaiados a nível nacional com bons resultados. Hoje o Algarve é a região do País que utiliza maior percentagem de milho híbrido, o que é bem um índice de desenvolvimento.

3—Novos sistemas culturais:

Modificou-se o sistema tradicional de culturas hortícolas em semiforçagem, com utilização de plástico em abrigos elevados, túneis baixos e paillage;

Estudaram-se e aconselharam-se novos sistemas de condução de fruteiras e vinha;

Divulgaram-se as melhores técnicas de combate às doenças e pragas e estudaram-se intervalos de segurança dos pesticidas nas nossas condições com o apoio dos organismos centrais;

Estudaram-se a aplicação de reguladores de crescimento;

Estudaram-se e difundiram-se as melhores técnicas de fertilização em qualidade e quantidade;

Estudaram-se e aconselham-se as melhores densidades de sementes e de plantas por hectare visando a maior rentabilidade;

Estudaram-se sistemas novos de rega localizada gota-a-gota, microget;

Estudaram-se os efeitos da conveniente mecanização do solo e divulgaram-se as melhores técnicas da aplicação de herbicidas.

Pelo que disse, parece estar tudo resolvido no Algarve, mas não é intenção deixar essa ideia errada. Fez-se muito, mas, como se disse, em investigação ou experimentação o trabalho não pára e têm de dar-se respostas correctas no futuro. Por outro lado, as grandes dificuldades da agricultura portuguesa não se seleccionam só alterando parte dos factores.

Assim, no campo da adaptação é preciso saber o que se deve semear, mas é igualmente indispensável Saber como o fazer e ainda é preciso que exista se-

mente na quantidade e na qualidade necessárias no mercado e finalmente que o cultivador seja motivado para produzir.

a) Algodão:

Foram efectuados ensaios, em regadio, dé adaptação de diferentes variedades de algodão na zona de Silves.

Numa primeira análise, pode referir-se que a cultura apresenta um desenvolvimento vegetativo normal e as produções são bastante aceitáveis, podendo admitir-se que, nesses aspectos, existem boas perspectivas para a sua introdução.

A expansão da cultura, que se admite poderá vir a proporcionar bons rendimentos por hectare, estará condicionada a problemas relacionados coma falta de mão-de-obra, a estrutura da propriedade (minifúndio) e de comercialização ligados à fixação de preços.

4— integração de Portugal na CEE (Resposta aos ponlos 4 e 5)

As culturas têmporas têm interesse no mercado da CEE quando as produções regionais correspondem a variedade e quantidade bem definidas, de modo a possibilitarem a conquista de mercado altamente exigente.

Interessa, pois, avaliar dois itens fundamentais:

1) O que se pode produzir (que seja vendável) e quanto se pode produzir;

2) Análise da concorrência e das vantagens relativas face à mesma.

No primeiro aspecto, isto é, o que se pode produzir, verifica-se que o Algarve tem potenciais condições de produção, mas ainda não produz as variedades exigidas na CEE (ou seja as variedades do mercado interno não são muitas vezes as preferidas pelo consumidor europeu) nem as quantidades suficientes para a garantia do abastecimento do mercado (exemplo morango, de que se fizeram as primeiras tentativas de exportação em 1978 com algum êxito).

No segundo aspecto —análise da concorrência — ceve ter-se presente a capacidade de produção dos países mediterrâneos, alguns deles com vantagens relativas já conseguidas, como seja a Itália, a Grécia e a Espanha, que apresentam as seguintes áreas de produção em «estufas»:

Hectares

Itália ............................................. 8 500

Grécia ........................................... 2 000

Espanha ......................................... 1850

Portugal ........................................ 450

Assim, há um longo caminho a percorrer para se acertar o passo com os países da CEE, o que será conseguido se atempadamente forem implementadas as medidas de política e executadas as infra-estruturas convenientes para o apoio à integração da agricultura portuguesa na CEE.

Entre estas e para o caso do Algarve, registam-se as seguintes:

Estação experimental de horticultura em Faro (em fase de projecto em colaboração com o Governo Alemão);