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II SÉRIE — NÚMERO 2

Tal facto é, aliás, internacionalmente reconhecido, assim se justificando o convite formulado pelo Conselho da Europa para que Castelo Branco se fizesse representar no 4.° Congresso Europeu das Cidades Históricas (reunido em Outubro de 1981, em Friburgo) onde foi enviada uma comunicação.

Dentro do castelo de Castelo Branco existem ainda vestígios dessa primeira fase do burgo, com especial destaque para os torreões e panos de muralhas, arco de característica românica, cisterna e a igreja de Santa Maria, que, embora muito adulterada na traça, nas fundações parece indicar a sua origem românica, como o demostraram recentes escavações aí realizadas.

5 — O perímetro de um circuito de muralhas mais alargado, envolveu posteriormente, o viver de um povo que se estendeu pela encosta do castelo, apresentando as ruas típicas, com a toponímia que recorda as actividades da época — Rua do Ferreiros, Rua dos Oleiros, Rua do Mercado...

As casas, para além dos tradicionais balcões, ostentam os valiosos portados e janelas quinhentistas. As praças surgem como um ponto de confluência para as principais saídas do circuito muralhado, com destaque para a Praça de Camões que oferece um importante conjunto arquitectónico do século xvi. Nesta praça há verdadeiras jóias de um património que interessa conservar a todo o custo, com o Arco do Bispo, o Celeiro da Ordem de Cristo, o edifício da Biblioteca Municipal.

São também diversos os exemplares de arquitectura barroca, numa simbiose de palacetes dos séculos xviit e xix, que fecham estes conjuntos de valores referidos e que formam a primeira fase de um processo de zona de valor arquitectónico a preservar.

Têm sido muitas as delapidações deste património, quer demolindo para elevar novos edifícios que cortam totalmente o ambiente natural, quer construindo portais ou mesmo a traça medieval das casas desta zona.

6 — O valor arquitectónico da zona medieval de Castelo Branco está, aliás, amplamente documentado, como poderá facilmente comprovar-se.

De facto, sem preocupações de ser exaustivo, poderão citar-se entre outros, os estudos seguintes-

Martins, Anacleto Pires da Silva — «Esboço Histórico de Castelo Branco», 1979;

Martins Anacleto — «Portados quinhentistas da cidade de Castelo Branco), separata da revista Estudos de Castelo Branco, n.° 5, nova série, Castelo Branco, 1979;

Arte/Design E. I. C. C. B. — «Defesa da zona medieval da cidade de Castelo Branco», inquérito à população de Castelo Branco, Castelo Branco, 1978;

Leal, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho— Portugal antigo e moderno, vol. it, Lisboa, 1874, pp. 173-178;

Pereira, Dr. José Bento — «Castelo Branco, cidade no I." quartel do século xix» (provável manuscrito), Estudos de Castelo Branco. n.° 36, Castelo Branco, 1971;

Conde, Frederico da Costa — «Castelo Branco, cidade emérita», Estudos de Castelo Branco. n.° 36, pp. 81-91; e «A alcáçova de Castelo Branco», Estudos de Castelo Branco, n.° 14, Castelo Branco, 1964;

Cardoso, Eloy — «Apontamento para a história de Castelo Branco», Estudos de Castelo Branco.

n.° 8, 1963; e «Apontamento para a história' de Castelo Branco», Estudo de Castelo Branco. n.° 9, 1963; Lopes, Pina — «Como foi Vila Franca da Cardosa à posse de Fernandes Sanches», Estudos- de Castelo Branco, n.° 3, 1962;

Branco, Manuel Castelo — «Alcaides-Mores de Castelo Branco», Estudos de Castelo Branco. n.° 1 1961;

«Notas de documentos para a história dos judeus e cristãos novos» — de Castelo Branco, Estudos de Castelo Branco, n.° 10;

«Registos paroquiais quinhentistas da igreja de Santa Maria do Castelo, de Castelo Branco», Estudos de Castelo Branco, n.° 3, pp. 25-40, n.° 4, pp. 41-48; n.° 5, pp. 65-94; n.° 13, pp. 97-112; n.° 15, pp. 113-128; n.° 18. pp. 129-144; n.° 19, pp. 161-176; n.° 21, pp. 177-192; n.° 23. pp. 193-208, e n.° 24. pp. 209-224;

Enciclopedia Universal Ilustrada Europeo-Americana, tomo xii, Madrid, s/d, p. 272;

Correia, João Diogo — «Reflexões sobre os nomes de duas granjas da Ordem de Cristo, nos termos de Castelo Branco», Estudos de Castelo Branco, n.° 22;

Dias, José Lopes — «Francisco Tavares Proença Júnior, fundador do Museu de Castelo Branco (vida e obra)», Estudos de Castelo Branco, n.° 40;

«Miscelândias de cartas e documentos — O Paço dos Alcaides-Mores», Estudos de Castelo Branco, n.° 8;

Enciclopédia Luso-Brasiieira da Cultura, pp. 1387-1388, Editora Verbo, Lisboa, 1966;

Peres, Damião e Eleutério Cerdeiro — História de Portugal, vol. n, Barcelos, s/d, p. 232;

Machãz, Joaquim Gonçalves — «Nos tempos que já lá vão ... — Castelo Branco, as suas origens». Estudos de Castelo Branco, n.° 17; e «nos tempos que já lá vão ... — Senhora de Mércules — Fundação e povoamento de Castelo Branco» (2.* parte), Estudos de Castelo Branco, n.° 18;

Inscrições Inéditas—Arqueólogo Português, vol. XV, pp. 39-54, Lisboa, 1910;

Costa, António Carvalho da — Corografia Portuguesa, vol. il, Lisboa, 1712;

Dias, Eduardo Rocha — Notícias ArckeolÓgicas Extrahidas do «Portugal Antigo e Moderno» de Pinho Leal com Algumas Notas e Indicações Bibliográficas, Lisboa, 1970;

Matos, José Vasco Mendes — Esquema para a Bibiografia da Cidade de Castelo Branco, 1972-

Neves, Graciosa J. A. e Maria do Carmo G. Serrano— Roteiro Histórioco de Castelo Branco, Comemorações do Bicentenário, Castelo Branco, 1971;

Peres, Damião — A Gloriosa História dos Mais Belos Castelos de Portugal, Porto, 1969;

Santos, M. Tavares dos — A Cidade de Castelo Branco e a Arte dos Séculos, Comemorações do Bicentenário, Castelo Branco, 1971;

Santos, Manuel Tavares dos — «Castelo dos Templários», in Beira Baixa, n.° 721; e «Igreja de Santa Maria do Castelo», in Beira Baixa, n.° 746, 1951;