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2 DE OUTUBRO DE 1986

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3.3.2 — Outros custos.

Para além do investimento em equipamentos, há que prever uma verba importante para:

Constituição de infra-estruturas de apoio nos núcleos do projecto; Custos de formação e acompanhamento; Aquisição, conversão e elaboração de software; Adaptação de instalações; e Aquisição de materiais consumíveis.

Estima-se que essa verba, em que a parcela mais significativa corresponde à instalação de infra-estruturas de apoio nos núcleos do projecto, represente cerca de 20 % do investimento calculado para equipar as escolas, o que se traduz por um montante adicional de 540 000 contos.

4 — Formação de professores.

A estratégia a seguir para a formação de formadores, orientadores e professores está ainda a ser discutida com particular cuidado, dado que se trata do aspecto mais crítico para a garantia do bom sucesso do projecto. Está também a prcx;eder-se ao levantamento de elementos que permitam desenvolver uma análise crítica das soluções em vigor noutros países. Esta análise, e subsequente discussão à luz da realidade nacional, poderá vir a justificar ajustes da solução que a seguir se preconiza.

Distinguem-se, nesta solução, três categorias de acções de formação:

Formação de formadores — cursos de pós-graduação com a duração de doze a dezoito meses;

Formação de orientadores — cursos de três meses;

Formação de professores-utilizadores — dois tipos de cursos, um com a duração de um mês para professores mais interessados em aprofundar a sua formação e outro com a duração de uma a duas semanas.

A formação de formadores será assegurada pelas universidades, através de cursos de pós-graduação. Os formadores assim obtidos serão colocados nas instituições de formação de professores (escolas superiores de educação e outros estabelecimentos de ensino superior vocacionados para a formação de professores) e assegurarão regionalmente a desmultiplicação do processo, através de acções dirigidas para a formação, e posterior acompanhamento, dos orientadores e dos professores-utilizadores.

O início da formação de formadores deverá ter início no ano lectivo de 1987-1988 e deverá dirigir-se a uma população de 30-40 formadores por ano. A repetição dos cursos em 1988-1989 permitirá obter uma população total de 60-80 formadores. A formação de orientadores e de professores-utilizadores será entretanto assegurada pelos pólos e núcleos do projecto.

De acordo com os dados existentes, poderão estimar-se, para as necessidades de formação de orientadores e professores-utilizadores dos ensinos secundário e preparatório, os valores médios ilustrados no quadro n.° 7.

QUADRO N.° 7

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

A concretização das acções formativas destes docentes permitirá obter, até 1992:

10 000 professores e 660 orientadores do ensino secundário;

8000 professores e 460 orientadores do ensino preparatório.

Tendo em consideração a programação de curto e médio prazo expressa no quadro n.° 4 e prevendo a formação de um orientador e de dois professores-utilizadores por cada escola primária com mais de 300 alunos, obter-se-ia até 1992 um total de 1800 professores e 500 orientadores do ensino primário.

Admitindo um número mínimo de 15 instituições dc formação de professores operacionais, os valores acima pressupõem, para cada instituição, a preparação anual média de 60 professores e 20 orientadores. Por outras palavras, cada instituição deverá organizar anualmente, pelo menos, um curso com três meses de duração e dois cursos com a duração de um mês, para além dos cursos com duração de uma a duas semanas que vierem a revelar-se necessários.

5 — Definição de prioridades, por áreas educativas e por regiões.

A definição de prioridades está, naturalmente, correlacionada com a capacidade de apoio, nomeadamente em recursos humanos, que vai sendo constituída quer nos núcleos actuais quer nos que serão envolvidos no Projecto.

Embora existam já elementos, avançados a título provisório na sequência do primeiro esforço de reflexão desenvolvido no âmbito do Projecto, pretende-se que, no prosseguimento dessa reflexão, a definição se vá tomando gradualmente mais objectiva.

6 — Colaboração por parte das universidades portuguesas.

As universidades portuguesas estão já a desempenhar um papel fundamental no lançamento do Projecto e, como se deduz dos elementos atrás apresentados, continuarão a constituir um secto de importância nevrálgica para o seu bom sucesso.

As contrapartidas previstas traduzem-se:

Por um reforço das suas infra-estruturas que permita alimentar a actividade de investigação a desenvolver em apoio ao projecto;

Pelo financiamento dos cursos de pós-graduação que se prevê que assegurem em apoio ao projecto; e

Pelo financiamento de acções intensivas de formação, a serem desenvolvidas no âmbito de contratos-programa.