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9 DE MARÇO DE 1988

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O presidente do Sindicato disse que o único serviço que funciona no novo hospital é o de medicina, «com doentes e médicos transferidos do Egas Moniz», e acrescentou que «o banco de urgência não funciona porque isso implica infra-estruturas técnicas e humanas que não existem».

Segundo o Sindicato dos Médicos, o Executivo pretende «com fins demagógicos» que o banco de urgência comece a funcionar a 15 de Junho, «com os médicos e os doentes dos Hospitais de Santa Cruz e de Egas Moniz».

A mesma fonte refere qua a transferência de pessoal médico altamente especializado de outros hospitais, a Maternidade de Alfredo da Costa ficará, por exemplo, sem o seu serviço de neonatalogia (assistência pediátrica aos recém-nascidos).

Além disso, dos Hospitais Civis sairá um serviço de cirurgiã geral, sairão pediatras do Hospital de Santa Maria e anestesistas de vários hospitais, além de pessoal de enfermagem, «tudo na subversão completa dos serviços públicos», disse o presidente do Sindicato.

Relativamente ao recrutamento de médicos, o Sindicato é de opinião que, «se houver concursos públicos, haverá médicos para preencher os lugares».

(Memorandum, de 22 de Maio de 1987.)

Médicos contestam «hospital fantasma».

(Documento n.° 13)

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul afirmou que o novo hospital do Restelo não possui as condições humanas nem técnicas necessárias e que a sua inauguração em Abril obedeceu a critérios «meramente eleitoralistas».

Em conferência de imprensa, o presidente do Sindicato, Silva Santos, disse que a nova unidade hospitalar de S. Francisco Xavier, do Restelo, «é um hospital fantasma que nasceu torto com doentes emprestados» e que os serviços que nele serão criados «irão aparecer por transferência na sua quase totalidade doutros hospitais de Lisboa».

Tal situação, acrescentou, «irá criar dificuldades acrescidas aos outros hospitais, já bastante carenciados por falta de redimensionamento dos seus quadros desde há 30 anos».

O presidente do Sindicato, que se encontrava acompanhado do vice-presidente, Mário Jorge, e de Elsa Mourão, do executivo da direcção sindical, salientou que à data da inauguração o Hospital do Restelo «não possuía infra-estrutura hoteleira e de organização de serviços».

«Um hospital não precisa apenas de aparelhagem sofisticada, a saúde não precisa só de computadores, precisa de coisas tão simples como meios humanos e serviços de cozinha e de lavandaria», notou.

Silva Santos disse que muitos médicos estão a ser convidades para trabalhar na nova unidade hospitalar sem condições contratuais minimamente seguras e acusou o Governo de ter nomeado para presidir à comissão instaladora um «apaniguado sem currículo conhecido de gestão hospitalar ou organização de serviços».

Num documento distribuído durante a conferência, o Sindicato acusa o Executivo de ter oferecido a gestão do Hospital a uma empresa privada, a P. A., ligada ao holding da LISNAVE, com experiência na organização de hotéis.

O documento afirma que «todo o pessoal não médico foi admitido por 'concurso' determinados pela P. A. sem qualquer supervisão de organismos da Direcção dos Recursos Humanos, prevalecendo o compadrio».

O presidente do Sindicato disse que o único serviço que funciona no novo Hospital é o de medicina, «com doentes e médicos transferidos do Egas Moniz» e acrescentou que «o banco de urgência não funciona porque isso implica infra-estruturas técnicas e humanas que não existem».

As estruturas sindicais do Hospital de S. Marcos, em Braga, divulgaram um comunicado onde afirmam que «deve ser reconduzido de imediato nas suas funções o conselho de gerência», suspenso por despacho da Ministra da Saúde de 20 de Fevereiro.

Aquelas estruturas sindicais consideraram ilegal a nomeação da comissão de delegados que substitui o conselho de gerência, cujos actos são feridos de nulidade, dizem.

Os Sindicatos dos Enfermeiros do Norte, dos Médicos do Norte, dos Técnicos Paramédicos Norte/Centro e dos Trabalhadores da Função Pública do Norte não põem em causa a competência de Leonor Beleza para fiscalizar a gestão do hospital mas consideram ilegal a actual situação.

(Memorandum, de 24 de Maio de 1987.)

Hospital do Restelo suscita controvérsia.

(Documento n.° 14)

A nova unidade hospitalar de S. Francisco Xavier, no Restelo, inaugurada em Abril pela Ministra da Saúde, está a gerar forte controvérsia no sector. Segundo a direcção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, o novo hospital não dispõe das condições humanas e técnicas necessárias, e a sua inauguração obedeceu a objectivos «meramente eleitoralistas».

Em conferência de imprensa, o presidente do referido Sindicato, Silva Santos, afirmou que o novo estabelecimento hospitalar é um hospital fantasma que nasceu torto, com doentes emprestados e que os serviços que nele irão ser criados vão aparecer por transferência, na sua quase totalidade, de outros hospitais de Lisboa.

Como consequência — alertou Silva Santos — tal situação irá criar dificulddes acrescidas aos outros hospitais, já bastante carenciados por falta de redimensionamento dos seus quadros desde os anos 30.

Na mesma circunstância, o presidente do Sindicato dos Medidos da Zona Sul, que se encontrava acompanhado do vice-presidente, Mário Jorge, e de Elsa Mourão, do executivo da direcção da mesma estrutura sindical, sublinhou que, à data da inauguração, o Hospital de São Francisco Xavier não possuía a mínima infra--estrutura hoteleira e de organização de serviços.