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II SÉRIE-A — NÚMERO 1

QUADRO 11.6 . Indicadores económicos

1993 (E)

Voriçoea em volume (percentagem)

Consumo privado....................................................

[1.5 a 2] : " [0 a 1] [0 a 0.5]

[1 a 1.75] [-1 a-1,25)

Investimento.............. .........................i..................

PIB....................................................;....................

Contributos para a variação do PIB:

Procura interna.................................................

Balança de bens e serviços.............................

(E) Estimativa.

Fonte: Grande Opções do Plano para 1994.

Esta estimativa para o intervalo da variação do PIB foi elaborada com base na informação disponível sobre a evolução da economia comunitária, que apontava para uma quebra da actividade em cerca de meio ponto. Embora a referida previsão comunitária não tenha sido revista, existe alguma evidência também comunitária de que a quebra venha efectivamente a revelar-se maior. Nesta circunstância não se pode excluir que a variação do PIB se situe fora do intervalo, nomeadamente que se possa situar num valor marginalmente negativo. Atingir-se-ia a mesma conclusão notando que, quanto maior for a quebra na taxa de crescimento média da Comunidade em 1993, menos provável se tornará que uma pequena economia totalmente aberta ao exterior consiga sustentar um diferencial positivo de um ou mesmo 0,5 ponto percentual, como se presume que aconteça a Portugal no quadro n.6.

A variação do PIB está associada a uma redução do volume total do emprego, com quebras de 1,3% e 1,5 %, respectivamente, nos 1." e 2.° trimestres, e devida essencialmente à diminuição do emprego por conta de outrem. Nestas condições, mantém-se o processo de convergência à média comunitária, embora os seus resultados sejam necessariamente menos expressivos numa conjuntura recessiva do que o foram durante a expansão iniciada em 1983 e que durou até 1991.

II.1.2.2. —Inflação e moderação salarial e financeira

Em 1993 a inflação, medida pela variação média anual do índice de preços no consumidor (geral, sem habitação), regista nova diminuição. Em 1991 a variação deste indicador era de 11,4 %, baixou para 8,9 % no ano seguinte (não obstante as alterações das taxas do IVA) e, em Setembro de 1993, atingia 7 %. Tendo em conta o andamento provável do índice até ao fim do ano, a inflação média anual em 1993 deverá situar-se dentro do intervalo de 5 % a 7 %, definido como objectivo no Orçamento do Estado para 1993.

Em 1991 e 1992, para além de o objectivo da inflação ter sido atingido, a sua trajectória situou-se dentro da banda de valores apresentada aos parceiros sociais em sede de concertação social.

De 1990 a 1992 o diferencial de inflação em relação à média comunitária reduziu-se de 5,7 para 4,3 pontos percentuais. Estima-se para 1993 uma redução adicional deste diferencial face à evolução já registada no 1." semestre deste ano. Neste período, o processo de desinflação foi mais acentuado em Portugal do que na CE, o que rjernütiu reduzir o diferencial, no mesmo período, de 0,5 ponto percentual (de 4,2 % para 3,7 %).

Tal como verificado em anos anteriores, em 1993 continua a registar-se um comportamento diferenciado na inflação dos bens transaccionáveis e dos bens não transaccionáveis, registando esta um valor superior à inflação média, enquanto

aquela se apresenta inferior. Acompanhando a desinflação, no período de 1990 a 1992 o diferencial entre a inflação daqueles dois grupos de bens reduziu-se apreciavelmente.

CiTm 11.« ConrcrgCnda Nominal IIPC - Düertnça das taxas dc variação média amei)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

C - Ettitnolivo Feola: rv—inSo dt CE. INE • M. FtMmsu

Estima-se que a queda dos preços das importações tenha tido um contributo importante na desinflação em 1991 e, em particular,-em ,1992. Admitindo que a estrutura das nossas importações" não se altera, este efeito poderá, no entanto, vir a ser menor no corrente ano«, eventualmente, em 1994, em virtude dos ajustamentos verificados na taxa de câmbio efectiva do escudo.

Em consonância com o abrandamento da actividade económica, tem vindo a verificar-se, já desde o 2.° semestre de 1992, uma evolução desfavorável no mercado de trabalho, que se tem agravado ao longo de 1993. Na primeira metade deste ano registou-se uma redução do emprego de 1,5 % (2 % para o emprego dependente) e um agravamento da taxa de desemprego de 1 ponto percentual. Este abrandamento da actividade económica reflectiu-se numa retoma, a partir de 1992, da tendência de desaceleração das remunerações e salários nominais, que tinha sido interrompida em 1991 e que prosseguiu em 1993. Estima-se que em 1992 os salários contratuais tenham desacelerado cerca de 3 pontos percentuais relativamente a 1991. Para 1993 projecta-se a continuação da desaceleração.

Da informação existente sobre os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho (IRCT) entrados para depósito no Ministério do Emprego e da Segurança Social (MESS) até 31 de Agosto último e com início de eficácia neste ano, resulta um aumento médio intertabelas, ponderado pelo número de trabalhadores abrangidos (766 527), de 7,3 %. Nos IRCT entrados para depósito no período homólogo do ano passado, abrangendo 1 167 987 trabalhadores, a variação média intertabelas foi de 11,1 %. Verifica-se, portanto, uma diminuição dos salários contratuais na ordem dos 3,8 pontos percentuais. Quando para este período se comparam apenas os mesmos contratos, verifica-se que a diminuição dos salários contratuais é mais acentuada, cerca de 4,4 pontos percentuais (passa de 11,5 % em 1992.para 7,1 % em 1993).

Ño entanto, este ano, existem sinais de dificuldades de negociação ao nível da contratação colectiva. De facto, o número de trabalhadores abrangidos pelos contratos entrados para depósito até 31 de Agosto último é bastante inferior ao normal nesta altura do ano — cerca de 65,6 % do número observado em igual período do ano anterior. A falta de