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II SÉRIE-A — NÚMERO 32

atrás enunciadas e fomentar o desenvolvimento local desta comunidade. Só desta forma a área da Grande Odivelas assumirá capacidade de intervenção de forma a ultrapassar o estrangulamento a que está votada por manifesta falta de capacidade de intervenção da autarquia freguesia.

Ao nível da saúde, por exemplo, os serviços de saúde que a administração central disponibiliza são vários. Porém, o município de Odivelas podia levar mais longe a acção destes serviços, desenvolvendo acções de sensibilização e prevenção junto da população, apoiando colectividades cujas actividades directa ou indirectamente preservassem a saúde dos utentes, colaborando com a administração central no sentido de implementar equipamento de saúde e de. satisfazer as carências básicas existentes. Com o município de Odivelas seria possível o equilíbrio e cooperação entre o sector público e privado, gestão descentralizada e participada dos serviços de saúde, garantia de qualidade do sistema de saúde através da melhoria de instalações, equipamento e motivação dos agentes que prestam serviços de saúde, humanização e personalização no atendimento aos utentes e ainda investigação científica.

No ambiente, e face à indústria instalada, deveriam ser canalizados recursos para a fiscalização, estudos e projectos sobre o ambiente, e, acima de tudo, fazer aplicar medidas tidas por pertinentes, depois de uma alargada consulta junto dos principais protagonistas.

Nos transportes avultam as enormes incapacidades de resposta por parte dos transportadores. Por isso a convicção de que a via férrea será, por excelência, o meio para desbloquear situações caóticas nas saídas, sobretudo da cidade de Odivelas. Importa referir que esta solução tem implicações ao nível das infra-estruturas, quer ao nível da reformulação de linhas ferroviárias existentes quer ao da criação de novas linhas e ou extinção de outras.

Odivelas assume-se como o aluno que ultrapassou o mestre. É o seu crescimento que puxa o crescimento do município de Loures. O estatuto de cidade foi concedido a Loures apenas por ser sede de município, para não ficar inferiorizada relativamente a Odivelas que, esta sim, tinha todas as condições para receber esse estatuto, o que veio a acontecer em 13 de Julho de 1990.

Alguns aspectos históricos Mosteiro (convento) de Odivelas

O aglomerado de casas no outeiro ganhou importância quando o rei D. Dinis mandou construir junto àquelas o mosteiro (convento) de Odivelas. As obras ihiciaram-se a 27 de Fevereiro de 1295 e ficaram concluídas em 1305, tendo o mosteiro sido doado às freiras bernardas, com benefício de arrendamento dos coutos circundantes e autonomia de jurisdição civil. Este mosteiro é classificado como monumento nacional, dedicado a São Dinis e São Bernardo. A sua doação à Ordem de Cister por D. Dinis yem no seguimento de um voto por ele feito por ter morto um urso que o atacou nos arrabaldes de Beja.

Algumas figuras céiebres passaram por este mosteiro. Assim, após a Batalha de Alfarrobeira, a filha do infante D. Pedro acolheu-se ali entre 1449 e 1497, em regime de asilo. A filha de Afonso V, Santa Joana, também por ali passou. Ali morreu a rainha D. Filipa de Lencastre, em 1415, rodeada pelos seu filhos infantes, que se notabilizariam pela saga dos Descobrimentos e não só. No reinado de D. João V alcançaria o mosteiro particular fama graças aos amores a que se entregaram com alguns fidalgos da corte. O próprio monarca deu o exemplo, aí mantendo,

com luxo excepcional, uma sua amante, madre Paula, de quem teve um filho bastardo, D. José, um dos três filhos

deste rei, conhecidos por «meninos da palhavã».

Em 1899 instalou-se no mosteiro o Instituto Infante D. Afonso para filhos de militares. Com a instauração da República passa a chamar-se Instituto Feminino de Educação e Trabalho, sendo tutelado pelo então Ministério do Exército, Terra e Mar. Hoje designa-se simplesmente Instituto de Odivelas.

A memória, ou cruzeiro

Ex-líbris da cidade, terá sido construído para nele descansar o féretro de um monarca (as opiniões divergem entre D. Dinis ou D. João I), e compõe-se de um arco ogival com as armas de Portugal no fecho, é recortado por três arcos polilobulados assentes sobre colunetas, e a encimar o conjunto ostenta a cruz floreteada da Ordem de Avis.

Igreja matriz

Classificada como monumento nacional, é uma reedificação do século xvn, de uma só nave com azulejos de temas bíblicos. Contém uma pia de água benta datada de 1573, com a forma da popa de um navio.

Padrão do Senhor Roubado

Imóvel de interesse público, classificado em 1948. De referir um painel exterior de azulejos provavelmente datado de 1744, considerado a primeira banda desenhada da Península Ibérica.

Evolução por freguesias Odivelas

Foi curato de apresentação de fregueses.

Elevada a priorado em 1840.

Ignora-se data da fundação da freguesia.

Pertenceu ao 4.° Bairro do concelho de Lisboa até 1852.

Pertenceu ao concelho de Belém, criado em )) de Setembro de 1852.

Anexada à freguesia de Póvoa de Santo Adrião para efeitos administrativos devido à extinção do concelho de Belém em 17 de Setembro de 1855.

Pertenceu ao concelho dos Olivais, o qual substituiu o concelho de Belém.

Passou a fazer parte do concelho de Loures com a „ extinção daquele e instalação deste em 2 de Janeiro de 1887, data da cessão de instalação e passagem de testemunho da Câmara Municipal dos Olivais para a Câmara Municipal de Loures.

Elevada a vila em 3 de Abril de 1964.

Criada a freguesia da Pontinha por desanexação de Odivelas em 1984.

Criadas as freguesias da Ramada e Famões por desanexação de Odivelas em 1989.

Elevada a cidade em 13 de Julho de 1990.

Caneças

Povoação elevada a freguesia em 1915, por desanexação de Santa Maria de Loures.

Famões

Povoação elevada a freguesia em 1989, por desanexação de Odive/as.