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1016 | II Série A - Número 033 | 12 de Outubro de 2002

 

algumas temporadas na praia do Furadouro. Durante a sua estadia no Furadouro, em 1927, assinou a obra "Os Pescadores" ou "Os Pescadores do Furadouro", quadro que é, como um crítico escreveu, "a expressão forte e cheia de verdade da vida dos pescadores do Furadouro".

25 - A inauguração da rede telefónica (28 de Junho de 1931)

A inauguração da rede telefónica veio a verificar-se em Ovar a 28 de Junho de 1931, dia em que se abriu ao público também o novo edifício da estação telégrafo postal e telefónica, sito na rua Alexandre Herculano.
Após a cerimónia da inauguração, dirigiram-se as individualidades que nela tomaram parte ao Furadouro onde foi inaugurada a cabina pública instalada ria estação telégrafo - postal dessa praia.
A 8 de Abril de 1982 entrou em serviço uma cabina telefónica na avenida Central da praia do Furadouro.

26 - A inauguração da luz eléctrica na praia do Furadouro (28 de Julho de 1935)

A inauguração da luz eléctrica em Ovar verificou-se a 1 de Dezembro. de 1913.
A 28 de Julho de 1935, cerca das 21 horas, o Presidente da Câmara Manuel Pacheco Polónia inaugurou a luz eléctrica na praia do Furadouro, onde se instalaram na Avenida Central 13 candeeiros de ferro fundido com ligações subterrâneas para 23 globos esféricos, e a luz eléctrica na estrada que dá acesso à dita praia.
O Furadouro teria luz fluorescente em 1953.

27 - Ringue de patinagem (15 de Agosto de 1937)

A 15 de Agosto de 1937 foi inaugurado o rinque de patinagem da praia do Furadouro, edificado nos terrenos da Assembleia pela comissão de turismo, tendo o grupo da ADO, constituído por Armando Castro, Eduardo Corte Real, Rogério Sousa, Manuel Correia Dias e António Ramos, vencido a União Oliveirense.

28 - O avanço do mar no Furadouro - a Capela Velha do Mar derrubada a 23 de Fevereiro de 1939

A primitiva Capela do Senhor da Piedade na praia do Furadouro, a Capela Velha do Mar (1766-1939), que substituíra uma ermida de madeira erguida em 1759, situava-se, como já se referiu, na continuação da avenida Central do Furadouro, voltada para o Oceano, e tinha a forma de oratório ou pequeno forno.
Em 1924 o mar em fúria veio bater na capela do Senhor da Piedade pondo o pilar à vista dum lado, na altura de cerca de dois metros, obrigando à colocação duma escada de madeira para se poder entrar na capela. No ano seguinte o mar chegou até junto da mesma capela, descobrindo-lhe parte dos alicerces.
Em 1935, a Junta de Turismo da praia do Furadouro aditou à Capela Velha do Mar um varandim.
Avançando pela praia, em Dezembro de 1938, o mar destruiu a escadaria, parte sul do miradouro e a sacristia da capela.
Esta primeira Capela do Senhor da Piedade veio a ser derrubada pelo mar a 23 de Fevereiro de 1939. Foi precisamente às 16 horas e 10 minutos que ruiu a capela velha!

29 - A empresa de melhoramentos da praia do Furadouro (28 de Novembro de 1944)

A 1 de Junho de 1911 constitui-se uma comissão organizadora dos melhoramentos de Ovar, dando cada sócio um vintém por semana. Com esse dinheiro fez-se o primeiro coreto do Furadouro.
A 28 de Novembro de 1944 foi constituída a Sociedade de Melhoramentos da Praia do Furadouro, limitada (Bonifácios, Chaves, Colares Pinto, Correias Dias, Malaquias e outros), à qual se deve o Hotel Mar e Sol, da praia do Furadouro.
Por escritura outorgada no Cartório Notarial de Ovar em 1 de Julho de 1991 foi constituída uma associação, sem fins lucrativos, denominada Comissão de Melhoramentos do Furadouro, com o objectivo de promover e desenvolver a cultura, o recreio e o desporto; defender e valorizar o património artístico e arquitectónico e promover empreendimentos de interesse local em estreita colaboração com as autarquias e outras entidades públicas ou privadas.
Foram seus promotores e fundadores: Augusto de Jesus Rodrigues, Mário de Castro Ferraz Liz, José Maria Marques Pires, David Gomes Marques, Padre Aníbal Duarte Pereira, José Gomes Pinto, Belisário da Silva Valente, Abel Vaz Pinto, José Maria Pereira, António Manuel Rodrigues Costa, Álvaro Valdemar da Silva Resende, Dinocrato Formigal e Costa, Adão Tavares Pinto e Edmundo Pereira Rilho.
Em 31 de Janeiro de 1992, na Sacristia da Capela do Furadouro, foram eleitos os corpos gerentes, sendo Álvaro Valdemar da Silva Resende o Presidente da Assembleia Geral; Augusto de Jesus Rodrigues o Presidente da Direcção, com o Padre Aníbal Duarte Pereira e Belisário da Silva Valente como Vice-Presidentes e David Gomes Marques o Presidente do Conselho Fiscal.
A posse verificou-se em 13 de Março de 1992.

30 - A decadência da pesca do pilado (década de 1940). O bairro dos pescadores no Furadouro

Referem Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, nas Actividades agro-marítimas em Portugal (1975), que "a pesca do caranguejo pequeno em cardumes - o pilado, ou patelo e patela, e ainda mexoalho e escasso -, para adubação das terras, era, como a apanha das algas, uma importante faina que interessava à lavoura mas que tinha lugar no mar".
Porém, "a partir de cerca de 1940, estas pescarias, por toda a nossa costa, foram sendo progressivamente postas de parte, e encontram-se hoje (1975) totalmente extintas, como actividade específica".
Na pescado pilado no Furadouro, no sistema básico de arrasto para bordo, usava-se "um único barco, sendo o elemento imóvel uma bóia (ou a própria terra). No Furadouro, a bateira "se alava carregada, por 4 juntas de bois que para o efeito ficavam na praia, aguardando o regresso das companhas; e descarga tinha lugar depois dela estar no alto do areal. Quando usavam o saco de vaivém, ele próprio, ao chegar a terra, era também despejado na bateira antes de a levaram para cima".
Depois, "o pilado era vendido pela totalidade da carga. Compareciam comerciantes e lavradores; mas quando não havia pretendentes, ele era levado para os armazéns das companhas".
Normalmente, no Furadouro, "saía-se ao pilado apenas uma vez por dia".