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1013 | II Série A - Número 033 | 12 de Outubro de 2002

 

- Hotel Mar e Sol, inaugurado em Junho de 1946.
- Pensão "O Moliceiro", fundada em 1948, na rua O Jornal Comércio do Porto. Em 1951 passou a ser dirigida por António Augusto Fragateiro e, em 1954, encerrou as suas portas.
- Pensão Residencial Snack-Bar e Restaurante (Amadeu), casa fundada em 1975, na Avenida Central confinado com a Avenida Infante D. Henrique.

A praia do Furadouro tinha 3 cafés em 1959 - Avenida e Progresso, na Avenida Central; c Santos, na mesma Avenida, o único aberto todo o ano.
Em 1985 já eram 6, e presentemente, proliferam às dezenas, nas ruas e avenidas da praia.
O mais antigo café do Furadouro é aquele Café Cerveira, que funcionou no rés-do-chão do Hotel Cerveira, e foi inaugurado em 1886. Sucedeu-lhe, em 1911, o Café Santos, ocupando o rés-do-chão do edifício vizinho daquele hotel.
O Café Progresso abriu, a 1 de Julho de 1951, na Avenida Central, uma filial na praia que viria a ser transferido (1965) para o antigo edifício da Assembleia do Furadouro.

16 - O telégrafo (1/9/1889)

Os trabalhos de assentamento da 1.ª linha telegráfica Ovar-Furadouro principiaram em princípios de Agosto de 1888, tendo a linha sido inaugurada a 1 de Setembro de 1889.

17 - A capela Nova do Mar (1890-1958)

Em 1877, cidadãos representaram à Câmara progressista a respeito da necessidade imperiosa de se construir uma nova capela da praia do Furadouro, dado que a existente parecia mais um forno ou moinho, envergonhando o povo de Ovar, já que se prestava ao ridículo dos estranhos.
Tendo a Câmara concedido um subsídio e tendo sido levada a cabo uma subscrição, foi levantada a nova capela, ao cimo da rua do Comércio do Porto, junto à costa e voltada a nascente. A benção desta capela realizou-se a 24 de Setembro de 1890, tendo sido denominada da Senhora do Livramento.
Muito danificada pelo mar, a capela foi mandada demolir, imediatamente, na sessão camarária de 5 de Fevereiro de 1958, atendendo-se ao perigo que representava e à necessidade de parte do seu terreno para a construção da esplanada. O Bispo do Porto tinha concordado com a demolição da capela em ruínas, a fazer à custa da Câmara e com o aproveitamento para a igreja do que fosse considerado útil. A segunda capela da praia durou cerca de 68 anos!
De 1959 a 1968 a missa no Furadouro foi celebrada no edifício da antiga fábrica de conservas Varina.

18 - Inquérito industrial de 1890 - o porto do Furadouro

Para a captura da sardinha concorria em 1890 o Furadouro com, aproximadamente, 590 homens, 275 menores de 16 anos e bastantes menores de 12 anos, dado que os pais incluíam nas companhas todos os filhos varões, embora recém-nascidos, para começarem a vencer quinhão da pescaria. Daqueles 590 só 350 concorriam ao serviço do mar, sendo a parte restante limitada aos trabalhos em terra. Cada companha tinha entre 90 a 150 homens e 40 a 70 menores (até à idade de 16 anos).

Mapa estatístico dos pescadores do Furadouro de 1853 a 1890:
Anos: Fontes: Número:
1853 Relatório apresentado à Junta Geral do Distrito a 20 de Julho de 1855 734
1860 Gerardo Pery, na sua viagem pelo distrito de Aveiro refere-se a Ovar
como terra de pescadores
1865 Informações para a estatística industrial
725
João Frederico, Memórias e Datas
1868 2000
1870 A povoação, "cujas habitantes se entregam quase exclusivamente
ou às pescarias do alto mar, ou à venda de peixe pelas ruas de Lisboa,
e principalmente no Porto e arredores", é célebre nas pescarias
Portuguesas (Suplemento ao Mapa de Portugal, do Beneficiado João
Baptista de Castro, coordenado por Manuel Branco).
A maioria dos habitantes de Ovar vivia da pesca ou do comércio
marítimo
1875
A.A. Baldaque da silva, Estado actual das pescas em Portugal
1886
Pesca 1.ª parte. Inquérito industrial 600
1890 865

19 - Toponímia do Furadouro na Monarquia Liberal (1881-1910)

- Bombeiros Voluntários do Porto, avenida dos
Avenida Central da Praia do Furadouro, ligando a Praça da Varina (avenida do Emigrante) à avenida Infante D. Henrique, recebeu este nome em agradecimento ao papel desempenhado pela Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto no rescaldo do incêndio do Furadouro (31 de Julho de 1881).
Nesta avenida, situada entre a rua O Jornal Comércio do Porto; a norte e a rua Álvares Cabral, a sul, localizaram-se a Assembleia do Furadouro (inaugurada a 2 de Setembro de 1883), e o Hotel Cerveira (inaugurado em Julho de 1886).
Num prédio desta avenida, esquina da rua Tomás Ribeiro, teve lugar a inauguração solene e oficial, a 17 de Março de 1973, da sede do Clube Desportivo do Furadouro.

- "O Comércio do Porto", rua do Jornal
A 14 de Outubro de 1881, atendendo a que O Comércio do Porto foi o primeiro jornal que abriu uma subscrição a favor dos incendiados da praia do Furadouro (o violento e pavoroso incêndio de 31 de Julho desse ano), a Câmara Municipal resolveu dar o seu nome à rua Nova ou Rua da Capela Nova.
A rua do Jornal O Comércio do Porto situa-se a norte da praia, entre a rua dos Patrícios de Lisboa e a avenida dos Bombeiros Voluntários do Porto (avenida Central), ligando a avenida Infante D. Henrique à rua Sacadura Cabral.

- Imprensa Portuguesa, rua da
É a primeira a poente da rua Tomás Ribeiro, entre esta e a avenida Infante D. Henrique.

- Maria Pia, largo D.ª
O largo da Capela do Senhor da Piedade recebeu, em 1881, o nome de praça D.ª Maria Pia, dado que esta raínha mandara dar do cofre dos inundados para as vítimas do incêndio ocorrido na praia do Furadouro, a 31 de Julho desse ano, um conto de reis. Na sessão de 10 de Outubro de 1910, a Câmara deu-lhe o nome de largo Machado dos Santos; e, em 1939, com o avanço do mar o largo deixou praticamente de existir.