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2375 | II Série A - Número 056 | 03 de Maio de 2004

 

dinamizar a fixação dos povos e concede uma carta de foral determinando que no seu lugar do Cartaxo fosse edificada uma "pobra" com todas as condições de um contrato de aforamento dos terrenos.
Esta decisão do Rei D. Dinis é compreensível quando toda esta região se mantinha bastante desertificada, exceptuando-se a esta realidade as principais ordens monásticas, detentoras de vastas áreas territoriais mas pouco cultivadas, e as cidades, no interior dos castelos, estrategicamente bem situadas, em locais de grande altura, que lhe proporcionavam grande capacidade militar.
Assim, nos inícios do século XIV, a terra reguengueira do Cartaxo estendia-se até Vale da Pinta, onde os terrenos agrícolas eram favoráveis à cultura do trigo, do vinho, da oliveira e do linho. Ainda hoje, a produção vitivinícola desta região é significativa e contribui para a fama dos bons vinhos do Ribatejo.
Este primeiro foral, outorgado por D. Dinis, em Leiria, a 21 de Março de 1312, é mais tarde confirmado por D. João II, em 1487, e por D. Manuel I, em 1496.
Uma outra referência histórica a Vale da Pinta é encontrada quando D. João VI, que se encontrava exilado no Brasil com toda a sua corte devido às invasões francesas, decide - por alvará, datado de 10 de Dezembro de 1815 - elevar a vila o antigo lugar do Cartaxo.
Nesse documento, expedido do Rio de Janeiro, refere-se que "a sobredita vila, que se denominará do Cartaxo, terá por termo além do seu antigo distrito os lugares de Valada, e Porto de Muge, e as freguesias de Vale da Pinta, Pontével, Ereira-Lapa".
Recorrendo ao Portugal Antigo e Moderno, de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, volume 10, pág. 79, percebe-se bem o fundamento deste exílio, mas também as motivações deste alvará face à a dimensão do infortúnio.
No relato de um padre, pode ler-se que "No Domingo 7 de Outubro de 1810, depois da missa conventual, em que consumi o SS. Sacramento reservado no Sacrario, no meio de lagrimas e clamores do povo, me auzentei para Lisboa, na companhia de 52 pessoas, que quizeram e poderam fugir commigo, da barbara invasão dos francezes, que entraram n'esta parochia, na 3ª feira, 9, do mesmo mez e d'esta sorte cessaram os officios todos da religião, n'esta egreja, que, sem altar nem sacerdote, esteve seis mezes".
São precisos cerca de vinte anos mais para que toda esta região seja novamente protagonista da história recente de Portugal.
As lutas liberais que se desenvolveram um pouco por todo o país também tiveram uma etapa histórica e importante em Vale da Pinta, pois foi aqui que o Marechal Saldanha arquitectou o avanço das suas tropas para o confronto que viria a ser conhecido pela Batalha de Almoster, em 18 de Fevereiro de 1834.
Ainda hoje subsistem referências a este tumultuoso tempo, designadamente com os nomes que ainda perduram, como sucede com o "Monte do Saldanha".
Com a passagem dos séculos, foi aumentando a população que se instalou em Vale da Pinta.
O primeiro censo geral da população portuguesa, realizado em 1527, por ordem de D. João III, registava para esta zona 58 habitantes, dos quais 27 varões e 31 fêmeas, e 13 fogos vizinhos.
Voltamos a encontrar um novo registo desta evolução no Ribatejo Histórico e Monumental, de Francisco Câncio, quando, ao referir-se ao terramoto de 1755, testemunha que "Vale da Pinta também nada sofreu com o grande abalo. Então contava 47 vizinhos e 181 pessoas".
Já mais recentemente, em 1991, Vale da Pinta contava com 1298 habitantes e, actualmente, de acordo com o último censo, realizado em 2001, conta já com 1640 habitantes e 730 edifícios.
Com a vinda de novos moradores, particularmente porque esta é uma zona muito procurada para segunda habitação por parte da população residente na Área Metropolitana de Lisboa, e com o incremento de novas habitações e a recuperação de casas antigas, prevê-se que o número de habitantes continue a crescer a um ritmo médio superior ao do crescimento da população nacional.

III - Equipamentos colectivos e instalações ao abrigo do artigo 12.º da Lei n.º 11/82, de 2 de Junho

1 - Equipamentos colectivos, comércio e serviços:
- Sede de junta de freguesia;
- Extensão do Centro de Saúde de Vale da Pinta;
- Mercado;
- Cemitério;
- Campo de futebol;
- Polidesportivo ao ar livre;
- Sanitários públicos;
- Lavadouro público;
- Jardim público;
- Centro de dia para idosos;
- Centro jovem;
- Sedes de colectividades;
- Papelaria;
- Praça de táxis;
- Transportes públicos;
- Posto de correios;
- Cabines públicas de telefone
- Agência funerária;
- Caixas Multibanco;
- Gabinete de contabilidade;
- Minimercado e mercearias;
- Padarias;
- Fábrica de bolos;
- Talhos;
- Peixarias;
- Loja de frutas;
- Floristas;
- Perfumaria;
- Comércio de materiais de construção;
- Empresas de construção civil;
- Indústria de alumínios;
- Lojas de pronto-a-vestir;
- Venda de peças de decoração de interiores e bricolage;
- Artistas plásticos;
- Atelier de pintura;
- Oficinas de automóveis;
- Comércio de automóveis;
- Oficinas de reparação de máquinas;
- Comércio de peças de automóveis e pneus;