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51 | II Série A - Número: 002 | 18 de Março de 2005

Quanto à área do audiovisual, importa não desperdiçar mais o enorme potencial nela contido, para a promoção e divulgação da língua e cultura portuguesas, assim como a capacidade instalada no serviço público da comunicação social, hoje muito desaproveitada. A chamada da RTP às suas responsabilidades no apoio ao cinema e ao audiovisual portugueses, quer do ponto de vista da produção, quer do ponto de vista da difusão, representa uma condição incontornável. Analogamente, a RDP tem potencialidades e responsabilidades próprias no domínio musical e da informação e divulgação cultural.

5. Afirmar Portugal no Mundo

A cultura constitui um dos vectores principais, se não o principal, para a afirmação de Portugal no mundo. Em vários círculos e de várias formas: no espaço europeu, no espaço lusófono, na comunidade de todos os povos e nações. A presença regular de criadores e obras nos circuitos internacionais (feiras do livro, mostras de arquitectura e artes plásticas, festivais de cinema e de artes performativas), a edição dos autores portugueses nos países lusófonos e em línguas estrangeiras, a promoção de co-produções, designadamente no âmbito da CPLP, de obras cinematográficas e audiovisuais, todas constituem esferas de actuação dos respectivos institutos do Ministério da Cultura. Mas devemos ir mais longe e propomos, por isso, uma articulação mais efectiva entre estes institutos e o Instituto Camões, assim como parcerias regulares entre os organismos de promoção externa da cultura e da economia portuguesas. Parcerias entre os Institutos e Organismos referidos e os seus congéneres de outros Países são igualmente desejáveis, visando de modo prioritário uma integração mais efectiva do espaço cultural lusófono.

Finalmente, importa que Portugal tenha voz activa nas organizações e actividades internacionais em prol da cultura, designadamente no contexto da União Europeia, do Conselho da Europa e da UNESCO.

III. MERCADO DE TRABALHO E EMPREGO

Há mais portugueses a trabalhar do que a média europeia. Muitas vezes, começam a trabalhar ainda antes de obterem as qualificações de que carecem para garantirem a qualidade dos seus empregos no futuro. Apesar da escassez dos apoios sociais às famílias, quer as mulheres, quer os homens, mesmo de famílias com filhos pequenos, trabalham, quase sempre a tempo inteiro e durante mais horas do que acontece, em média, nos restantes países da União Europeia. Para prevenir e evitar que assim continue a ser e para que os desempregados encontrem os empregos, de qualidade e com futuro, que desejam e de que Portugal carece, é preciso conceber e pôr a funcionar uma nova geração de políticas de trabalho e de emprego que responda adequadamente aos três desafios principais com que todos estamos confrontados, dando enfoque ao desenvolvimento duma estratégia assente na aprendizagem ao longo da vida: aumentar a qualidade e a qualificação do trabalho e do emprego, facilitar a adaptação das empresas aos desafios dos nossos dias e transformar o trabalho num factor de imunidade contra a pobreza e numa garantia da melhoria da qualidade de vida.