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PARTE II – CONSIDERANDOS

1. A situação da Grécia

Ao longo da última década, a Grécia conheceu um período de forte crescimento

económico, de 4 % ao ano, para o qual concorreu o recurso a políticas orçamentais

expansionistas. Paralelamente registou-se um agravamento considerável dos

desequilíbrios macroeconómicos internos e externos, conduzindo a uma rápida

acumulação da dívida externa, mantendo-se a dívida pública a níveis muito elevados1.

Tendo o impacto da crise económica e financeira mundial na economia grega

intensificado a pressão sobre os encargos da dívida.

Há longos meses que a Grécia se debate com uma crise de uma magnitude sem

precedentes tanto ao nível financeiro, como ao económico e social. Para que esta

situação seja ultrapassada tem sido defendida a necessidade de mudanças radicais,

nomeadamente, no que concerne à administração pública, ao sistema judicial, ao setor

financeiro, e ao sistema fiscal e orçamental. Considera-se que estas mudanças irão

permitir à Grécia o surgimento de uma economia moderna e competitiva, capaz de

gerar crescimento sustentável e emprego e, simultaneamente, promover a coesão

social e a confiança dos cidadãos gregos tanto nas suas instituições, como no seu

próprio futuro.

Todavia, importa mencionar que em 2010 após ter sido revelada a verdadeira

dimensão da crise grega, a União Europeia e a comunidade internacional intervieram

no sentido de apoiar a Grécia. O valor total de assistência à Grécia, incluindo os

empréstimos da UE, a participação do sector privado e as subvenções a partir dos

fundos da UE, ascende a cerca de 380 000 milhões de euros2.

1 A dívida pública passou de cerca de 100% do PIB em 2000, para 129% em 2009. 2 Considera-se que o nível de assistência financeira à Grécia não tem precedentes. “Esse valor é equivalente a 177%

do PIB da Grécia. (…) o Plano Marshall, com o qual os EUA apoiaram a reconstrução no pós-guerra, envolveu

transferências equivalentes a cerca de 2,1% do PIB dos países beneficiários. COM (2012) 183.

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