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A este respeito o CES não pode deixar de alertar para as possíveis

consequências, no plano político, decorrentes de situações de

desamparo, miséria, incerteza, insegurança e intranquilidade que

poderão contribuir de forma muito grave para situações de rutura

social.

3. QUADRO MACROECONÓMICO

O CES considera dificilmente concretizável o cenário macroeconómico

apresentado na Proposta de Orçamento.

A previsão de uma recessão de apenas 1% no próximo ano é irrealista e

não existe qualquer base objetiva para esperar que venha a haver

crescimento no segundo trimestre de 2013. De facto, o aumento da

carga fiscal sobre as famílias irá acentuar a quebra do rendimento

disponível, a qual terá efeitos recessivos, afetando não apenas o

consumo mas também o investimento.

O CES vê com muita preocupação que o aumento do IRS irá ter efeitos

imediatos no rendimento disponível devido à alteração dos escalões e

das tabelas de retenção na fonte e à sobretaxa de 4%, o que

determinará uma contração da procura interna, que se vem tornando

patente através do número elevado de insolvências e falências.

Considerando a dimensão do aumento da carga fiscal sobre o

rendimento, o CES entende estar subavaliada a quebra do consumo

privado em 2013 prevista na Proposta de Orçamento.

O CES chama igualmente a atenção para o facto de o FMI ter admitido

ter calculado mal o impacto da austeridade sobre a economia.

Enquanto antes estimava que, com menos 1 euro na despesa, se perdia

0,5 euros no PIB agora admite que essa perda varia entre 0,9 e 1,7. Se

31 DE OUTUBRO DE 2012________________________________________________________________________________________________________________

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