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12 DE JANEIRO DE 2013

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as associadas às comunicações; as produtoras de sistemas de automação e de controlo bem como de outros

bens de equipamentos ligeiros muito especializados; as produtoras de equipamentos ligeiros para a produção

energética; os novos materiais, etc.. Nestas áreas, algumas empresas de pequena e média dimensão têm

constituído núcleos de grande sucesso nacional e internacional, devem ser profundamente apoiadas e

replicadas as suas experiências, nomeadamente no que concerne a disponibilização de consistentes apoios

públicos. O que deve ter como contrapartida, a salvaguarda de capitais públicos ou privados nacionais, dada

as tentativas de absorção, que, de forma sistemática, as multinacionais têm por estas empresas nascentes,

criadas com o esforço, o investimento e o saber nacionais.

7. As indústrias de alto nível tecnológico, que existem em Portugal na dependência quase total do capital

estrangeiro, como a indústria automóvel e as indústrias de componentes para automóvel, embora na

expectativa de grandes e dramáticas mudanças, no fundamental, associadas à crescente escassez de

matérias-primas, devem ser repensadas com vista ao alargamento de uma base de génese e comando

nacional, particularmente no que aos componentes concerne.

E dentro desta área, exigem uma atenção crescente, as atividades tecnologicamente muito evoluídas,

associadas às indústrias aeronáutica e aeroespacial, seja na sua componente produtiva, seja na de

manutenção, pelo que devem ser protegidas, apoiadas e desenvolvidas.

8. As indústrias de reciclagem – metais diversos, plásticos, papel e cartão, óleos minerais e vegetais, entre

outros – que a crescente escassez de algumas matérias-primas e a proteção ambiental têm vindo a fazer

surgir e crescer, embora a níveis e com organização, produtividade e qualidade muito aquém das

necessidades, exigem que sejam bem acompanhadas e apoiadas, face ao muito importante papel que já

desempenham hoje e devem vir a ter no futuro.

II – ALGUNS EIXOS E ALGUMAS MEDIDAS CONCRETAS

1. Integradas numa política de desenvolvimento e promoção da indústria nacional, são necessárias

políticas que garantam:

A recuperação de diversas indústrias básicas e ou estratégicas – siderurgia, metalo e eletromecânicas

pesadas;

O reequilíbrio da nossa balança de transportes com o exterior, designadamente o transporte marítimo

e ferroviário dos diversos tipos de carga (combustíveis, gás natural, granéis, contentores, carga

especializada, etc.);

O desenvolvimento do transporte sobre carris, particularmente com motorização elétrica, para o

transporte de passageiros nas suas modalidades de comboio, metropolitanos pesados e ligeiros e

elétricos;

O aproveitamento, e valorização interna na cadeia de valor, dos recursos endógenos do solo, subsolo

e do mar.

2. O Estado português deve ter como objetivos estratégicos a dinamização dos seguintes sectores

industriais:

Indústria siderúrgica, com vista ao retorno à siderurgia integrada, com ampliação de capacidade e

sobretudo alargamento da gama de produtos fabricados, inclusive com a retoma de fabrico de produtos

longos;

Desenvolvimento de metalurgias associadas à valorização das enormes reservas de diversos

metais básicos, designadamente a do cobre;

Indústrias metalomecânicas, eletromecânicas, elétricas, eletrónicas e outras, base da produção,

tão integrada quanto possível, de material de transporte sobre carris e infraestruturas associadas (comboios

para diversos escalões de velocidade, metropolitanos pesados e ligeiros, elétricos rápidos e clássicos, etc.),

assim como de outros produtos, designadamente os associados à produção energética, à movimentação de

grandes cargas e à construção de edifícios e estruturas não residenciais (industriais e outros);