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Proposta de Alteração ao Orçamento do Estado para 2013

Quadro 1 – Principais indicadores

(taxa de variação, %)

Nota: (p) previsão;

Fontes: INE e Ministério das Finanças.

O agravamento da recessão conduziu à deterioração das perspetivas de evolução do mercado de

trabalho. No Orçamento do Estado para 2013, estimava-se que a taxa de desemprego se fixasse em

16,4%, sendo que agora a previsão para 2013 se situa em 18,2%. Era ainda esperada uma variação

anual do emprego de -1,7%, enquanto que as projeções atuais apontam para uma variação de -3,9%. O

crescimento da produtividade aparente do trabalho, por seu turno, foi revisto em alta, passando de 0,7%

para 1,7%.

A revisão das perspetivas para a economia portuguesa resulta de fatores internos e externos. A evolução

mais desfavorável do mercado de trabalho e, consequentemente, do rendimento disponível das famílias

estão na base de uma maior contração do consumo privado. Tendo em conta a conjuntura interna e

externa mais adversa, também a evolução do investimento é revista em baixa. Estas alterações

contribuíram para a revisão da procura interna em cerca de -1.2 p.p., prevendo-se uma contração de

4,1% em 2013.

Já o contributo das exportações líquidas para o crescimento do PIB mantém-se praticamente inalterado

face à previsão considerada no Orçamento do Estado para 2013, fixando-se agora em +1,8 p.p. (+1,9

p.p. anteriormente). Esta evolução resulta de alterações no comportamento das importações e das

exportações. Por um lado, espera-se uma maior contração das importações, atendendo à evolução mais

negativa do consumo privado e do investimento. Por outro lado, espera-se um abrandamento do

crescimento das exportações face a 2012, em linha com a contração da procura externa em 2013.

Ao mesmo tempo, o ajustamento externo continua a progredir mais rapidamente do que previsto no

Orçamento do Estado para 2013. Embora se espere um saldo mais negativo da Balança de Bens, o

comportamento das restantes Balanças deverá contribuir para uma melhoria do saldo conjunto da

Balança Corrente e de Capital, que agora se projeta positivo em 2013, num montante de 1,4% do PIB. As

previsões apontam assim para o reforço da capacidade líquida de financiamento da economia alcançada

em 2012. Por sectores institucionais, é esperado um contributo mais positivo do sector privado, que

deverá registar uma capacidade de financiamento de 6,9% do PIB em 2013. Ao invés, espera-se um

PIB e Componentes da Despesa (em termos reais)

PIB -3,2 -2,3 -3,0 -1,0 -0,2 -1,3

Consumo Privado -5,6 -3,2 -5,9 -2,2 0,3 -1,0

Consumo Público -4,4 -4,2 -3,3 -3,5 -1,1 -0,6

Investimento (FBCF) -14,5 -7,6 -14,1 -4,2 -0,5 -3,4

Exportações de Bens e Serviços 3,3 0,8 4,3 3,6 -1,0 -2,8

Importações de Bens e Serviços -6,9 -3,9 -6,6 -1,4 -0,4 -2,5

Evolução dos Preços

Deflator do PIB -0,1 1,8 0,3 1,3 -0,5 0,5

IPC 2,8 0,7 2,8 0,9 0,0 -0,2

Evolução do Mercado de Trabalho

Emprego -4,2 -3,9 -4,3 -1,7 0,1 -2,2

Taxa de Desemprego (%) 15,7 18,2 15,5 16,4 0,1 1,8

Produtividade aparente do trabalho 1,1 1,7 -3,5 -3,0 4,6 4,7

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)

Necessidades líquidas de f inanciamento face ao exterior 0,4 1,4 -1,1 0,9 1,5 0,5

- Saldo da Balança Corrente -1,9 -0,3 -2,6 -0,7 0,7 0,4

da qual Saldo da Balança de Bens -4,6 -3,1 -3,6 -2,1 -1,0 -0,9

- Saldo da Balança de Capital 2,3 1,7 1,5 1,6 0,8 0,1

Diferenças (p.p.)Cenário atual

2012 2013(p)2013(p)20122012 2013(p)

Cenário OE 2013

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