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II SÉRIE-A — NÚMERO 18 46

Após a cessação dos comunicados semanais, a DGS passou a fazer, mensalmente, o ponto de situação

sobre esta matéria.

Assim sendo, entre janeiro e maio de 2013, a DGS emitiu informações mensais sobre a evolução do surto

de dengue na Ilha da Madeira. Na primeira informação datada de 6 de janeiro de 2013, comunicava-se,

nomeadamente, que desde o início do surto, a 3 de outubro de 2012, foram notificados 2144 casos de febre de

dengue na Região Autónoma da Madeira. Não se registaram óbitos.

A monitorização semanal de casos de infeção pelo vírus dengue na Ilha da Madeira demonstra, desde

meados de novembro (semana 46), que o número de novos casos tem vindo a diminuir, situando-se, na primeira

semana de 2013, em valores muito próximos da linha de base

Concluía-se que se esta situação se mantivesse, tal poderia significar o controlo do surto e a eficácia das

medidas implementadas, mantendo-se, todavia, a monitorização da atividade vetorial e de casos humanos, sem

qualquer interrupção.

Após uma interrupção de quatro meses, em 1 de setembro de 2013, a Direção Geral da Saúde procedeu a

novo ponto da situação tendo divulgado, designadamente, que desde o início do surto de dengue, em setembro

de 2012, na Ilha da Madeira (Região Autónoma da Madeira) foram notificados, através do Madeira Dengue

Surveillance System, 2187 casos prováveis de febre de dengue, dos quais 1084 (50%) foram confirmados

laboratorialmente.Desde a última atualização da DGS, de 19/05/13 (semana 20), foram reportados 9 novos

casos prováveis de febre de dengue na Ilha. Todos foram sujeitos a investigação laboratorial, tendo sido

confirmados apenas 2, importados da Venezuela.Todos os casos notificados evoluíram favoravelmente e não

houve registo de óbitos.Desde que o surto foi considerado controlado, em 03/03/13 (semana 09), não foram

identificados novos casos autóctones de dengue na Ilha.

Termina, afirmando que apesar de atualmente não haver atividade epidémica de dengue na Ilha da Madeira,

mantêm‐se todas as medidas de vigilância, controlo e resposta consideradas adequadas. Mantêm‐se, também,

as recomendações para proteção individual através da prevenção das picadas de mosquitos.

Paralelamente aos comunicados/ponto de situação divulgados pela Direção Geral da Saúde foi emitida a

Orientação n.º 14/2012, de 3 de outubro (atualizada em 30 de outubro), sobre a abordagem clínica de casos de

dengue, que tinha como destinatários todos os médicos do Sistema Nacional de Saúde.

Mais tarde, foi publicada a Orientação n.º 18/2012, de 31 de outubro, relativa à luta anti vetorial contra Aedes

aegypti, orientação esta dirigida às autoridades de saúde, departamentos e unidades de saúde pública.

Cumpre ainda mencionar o Despacho Conjunto n.º 16352/2012, de 24 de dezembro, do Secretário de Estado

Adjunto do Ministro da Saúde e do Secretário de Estado do Ensino Superior. Este despacho veio criar a

Plataforma de Especialistas em Entomologia Médica e Saúde Pública, no âmbito da prevenção e controlo de

doenças humanas de transmissão vetorial.

De acordo com a sua fundamentação, no seguimento do surto de febre de dengue que teve início em 3 de

outubro de 2012 na Região Autónoma da Madeira, torna-se necessário garantir o aconselhamento especializado

da população e dos profissionais de saúde, aprofundar a transmissão de conhecimentos científicos sobre esta

matéria e estabelecer medidas de controlo e prevenção que permitam minimizar o impacto destas doenças na

saúde pública, havendo, por isso, toda a conveniência em reforçar a articulação entre entidades e respetivos

especialistas do Serviço Nacional de Saúde e a comunidade científica, nomeadamente no âmbito da academia.

A Plataforma criada tem um mandato de dois anos e, durante esse período, deverá apresentar aos órgãos

de tutela relatórios trimestrais das atividades em curso.

Também sobre casos de febre de dengue, mas em Portugal Continental, foi divulgado em 29 de maio de

2013 um comunicado de que se transcreve o seguinte excerto:

A propósito de notícias veiculadas sobre casos de febre de dengue verificados em Portugal, esclarece‐se:

1. Todos os casos recentemente notificados referem‐se a doentes que adquiriram a infeção fora do País,

motivo pelo qual são designados como casos importados;

2. Segundo registos da Direção‐Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge

(INSA), desde o início do ano em curso foram diagnosticados 79 casos em viajantes regressados de Angola e

outros 5 casos provenientes do Brasil, Tailândia e Indonésia;