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II SÉRIE-A — NÚMERO 18 48

em WWW:

report-nov-2012.pdf>

Resumo: Portugal solicitou a assistência do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, para

uma avaliação da situação e orientação com vista ao controlo do surto de febre de dengue que ocorreu na Ilha

da Madeira. Este relatório abrange as atividades desenvolvidas e conclusões da missão levada a cabo pelo

ECDC, de 22 de outubro a 7 de novembro de 2012. O relatório conclui que este foi o primeiro surto documentado

de dengue na Madeira. O mosquito «Aedes aegypti», que constitui o vetor mais eficaz para o vírus da dengue,

tem estado presente na Madeira, pelo menos desde 2005. Embora a introdução do vírus na ilha não seja um

evento inesperado, dada a dramática expansão da transmissão de dengue endémica no mundo, ao longo dos

últimos 20-30 anos, o surto é grande e constitui um evento significativo de saúde pública, no que diz respeito à

população local e ao grande número de visitantes do arquipélago da Madeira.

O objetivo geral da missão foi o de apoiar as autoridades regionais da Madeira na avaliação e controlo do

surto da doença, designadamente através da criação de um sistema de vigilância eletrónica para monotorização

do surto; realização de análises epidemiológicas do mesmo; e fornecimento de orientações sobre o controle de

vetores.

EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL - Guidelines for the surveillance of

invasive mosquitoes in Europe [Em linha]. Stockholm: ECDC, 2012. [Consult. 19 nov. 2015]. Disponível em

WWW:

guidelines.pdf>

Resumo: Para harmonizar ainda mais os procedimentos de vigilância na Europa, o Centro Europeu de

Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) produziu estas diretrizes que se

destinam a apoiar a implementação da vigilância para espécies de mosquitos invasivos (IMS) com relevância

para a saúde pública. A deteção precoce deste tipo de mosquitos aumenta a oportunidade para desenvolver

medidas apropriadas e uma resposta atempada para as doenças com origem nos mesmos. Nomeadamente a

febre de dengue, que é a enfermidade causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae.

Este documento de orientação fornece informações precisas e apoio técnico para a coleta de dados de

campo, fornece estimativas de custos, e sugere adaptações de acordo com a evolução da situação

epidemiológica, contribuindo para a harmonização dos métodos de vigilância e registos de informação a nível

da União Europeia, de forma a que os dados de diferentes países e regiões possam ser comparados, ao longo

do tempo. Visa dar apoio aos profissionais envolvidos na implementação da vigilância e controlo epidemiológico.

Os métodos sugeridos podem ser aplicáveis em todo o território, área geográfica da Europa (em todos os

Estados membros da União Europeia, incluindo as regiões ultraperiféricas).

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - Global strategy for dengue prevention and control 2012-2020

[Em linha]. Geneva: WHO, 2012. [Consult. 19 nov. 2015]. Disponível em WWW:

Resumo: Segundo este relatório da Organização Mundial de Saúde, só na última década o significado da

dengue como uma ameaça à saúde e um fardo para os serviços de saúde e as economias aumentou

substancialmente. A dengue constitui uma grande preocupação para a saúde pública em todas as regiões

tropicais e subtropicais do mundo, sendo a doença viral transmitida por mosquitos que se espalha mais

rapidamente. O objetivo da estratégia global é reduzir o peso desta doença, constituindo objetivos específicos a

redução da mortalidade e morbidade por dengue, em 2020, em pelo menos 50%.

A mortalidade por dengue pode ser reduzida através: da implementação da deteção precoce e gestão

adequada dos casos graves; da reorientação dos serviços de saúde para identificar casos precoces e gerir

surtos de dengue de forma eficaz; e da formação de pessoal de saúde juntamente com sistemas de referência

adequados ao nível dos cuidados de saúde primários. A investigação continua a desempenhar um papel

fundamental na inversão da tendência do aumento da dengue, uma doença tropical negligenciada, através do

aperfeiçoamento dos métodos e sistemas de vigilância, prevenção e controle. A inversão da tendência requer

compromissos e obrigações dos parceiros, organizações e países, bem como liderança por parte da OMS e

aumento do financiamento.