O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

5 DE FEVEREIRO DE 2016 112_______________________________________________________________________________________________________________

não se resolve simplesmente com mais investimento e mais rendimento

disponível. O crescimento desejável deve assentar no investimento de

que o País carece e numa mais justa distribuição do rendimento.

O País precisa de investimento, que contribua, simultaneamente, para

nos reposicionar em termos ascendentes ao nível das diferentes cadeias

de valor e que valorize o fator trabalho e a elevação das qualificações

e das competências, o que, sem prejuízo de termos uma economia

alicerçada na inovação e na competitividade, não poderá ter como

objetivo incentivar a substituição do fator recursos humanos por capital

ou visar uma economia alicerçada em mão-de-obra barata e pouco

qualificada. O investimento que o País precisa é, também, aquele que

aposta na valorização do território e dos nossos recursos em desfavor de

atividades com uma elevada incorporação de valor acrescentado

produzido no exterior ou fortemente consumidor de recursos importados.

É, em suma, aquele que associa o processo de desenvolvimento e de

inovação do País à valorização dDOCUaMENT O DE TRABA L H O produção nacional e dos fatores

diferenciadores da nossa economia face a terceiros: os nossos recursos

humanos, a nossa cultura e o nosso território.

Precisamos, igualmente, de fazer crescer o consumo essencialmente na

base daquilo que produzimos internamente (as políticas de

redistribuição de rendimentos não são neutras deste ponto de vista) e

com um menor recurso a produtos finais importados, sendo, para isso,

também necessário melhorar as redes de distribuição.

6. Na situação atual do País para haver mais investimento têm que

existir políticas públicas adequadas e instrumentos disponíveis para

financiamento e capitalização do nosso tecido empresarial. A posição

de partida é, a este respeito, preocupante. A situação do nosso sistema

bancário, em processo de recapitalização, a ausência de verdadeiros

instrumentos alternativos e os atrasos e as entropias que afetam o

“Portugal 2020”, não permitem assegurar um crescimento rápido do

Parecer do CES sobre as Grandes Opções do Plano para 2016-2019 (Aprovado em Plenário a 02/02/2016)

13 / 37