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5 DE FEVEREIRO DE 2016 110_______________________________________________________________________________________________________________

emprego. Embora o CES sempre tenha defendido e defenda que o

investimento público  que teve, aliás, um declínio superior ao privado

 não pode ser proscrito, e tem um papel que, além de alavancar este

último, é insubstituível na criação de fatores competitivos que são

essenciais (da qualificação dos recursos humanos à ciência, das

infraestruturas à valorização do território), não podemos deixar de vincar

que o contributo do investimento privado, cooperativo e social é

determinante. O problema central é (tomando por base aos projeções

que constam do Programa de Governo) como conseguir, com os

instrumentos disponíveis e num curto espaço de tempo, projetar uma

recuperação tão acentuada neste indicador. As GOP com o que é

apresentado não dissipam esta dificuldade.

3. No capítulo consagrado a analisar o desempenho

Macroeconómico recente do País, afigura-se-nos positivo que o

Governo vá ao encontro das poDOCUMsENT O DE TRiABA LHçO ões do CES que, em pareceres

anteriores, questionou: a) A desvalorização feita do papel da procura

interna e do seu imprescindível contributo para um crescimento

sustentado da economia portuguesa; b) A ideia de que a evolução do

nosso saldo comercial com o exterior configurava um processo

consolidado baseado numa robusta mudança estrutural do nosso perfil

exportador.

Na verdade se, por um lado, o objetivo de reforçar o contributo da

procura externa para o nosso crescimento era e é um propósito que

importa, sem dúvida, prosseguir, admitir que esse reforço se faça a partir

da quebra acentuada da procura interna era não só indesejável como

comprometia qualquer hipótese de a economia poder crescer. E, é,

aliás, a quebra da procura interna que, em parte significativa explica o

reequilíbrio do saldo da balança de bens e serviços que, precisamente,

só não foi maior, dado o forte peso na cadeia de valor de

componentes importados. Esse reequilíbrio resultou antes de mais da

Parecer do CES sobre as Grandes Opções do Plano para 2016-2019 (Aprovado em Plenário a 02/02/2016)

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