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II SÉRIE-A — NÚMERO 41 113_______________________________________________________________________________________________________________

investimento privado. E, neste contexto, existirá sempre a tentação de o

crescimento se fazer aumentando de novo a nossa dependência

externa ou aumentando o défice do O.E. ou retomando um ciclo de

crescimento baseado no papel de um investimento público com

reduzido ou nenhum efeito sobre a restante economia ou sobre o

desenvolvimento económico e social do País, sendo que nenhum

destes caminhos se afigura ser uma solução consistente.

Em relação ao nosso sistema financeiro o CES vê com preocupação o

excessivo intervencionismo da União Europeia, que vem conduzindo a

uma crescente passagem daquele para mãos não nacionais, com as

consequências que, nomeadamente, daí advirão para a forma como

se processará o seu relacionamento futuro com o nosso tecido

empresarial.

É, aliás, com preocupação que o CES regista que uma parte de

sectores estratégicos da economia nacional têm vindo a ser vendidos, e

a um preço relativamente baixo faDOcCUMENT O DE TRABeA LH O ao retorno que trazem, passando

os mesmos a ser possuídos por capital maioritariamente estrangeiro, e

introduzindo grandes limitações ao desenvolvimento das políticas

públicas.

O Governo anuncia, é certo, um conjunto de novos instrumentos de

capitalização das empresas. Mas deixa sem resposta interrogações

sobre: quando os mesmos estarão disponíveis, como se articulam, de

que modo se assegura que eles serão aplicáveis ao tecido das nossas

PME e qual o destino a dar à Instituição Financeira de Desenvolvimento

(IFD) entretanto formalmente criada. Ainda, quanto ao “Portugal 2020”

a situação deste é motivo de preocupação adicional. Seja pelos

atrasos na implementação do mesmo, seja, também, por escolhas

dificilmente reversíveis e que estão longe das necessidades e da

situação real do nosso tecido económico. A desvalorização de áreas

essenciais, como seja a da formação contínua; as condições a que os

promotores estão sujeitos por regulamentos desfasados da realidade; o

Parecer do CES sobre as Grandes Opções do Plano para 2016-2019 (Aprovado em Plenário a 02/02/2016)

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