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23 DE M ARÇO DE 2016 205_____________________________________________________________________________________________________________

um lado, cultivar as relações de excelência com os nossos parceiros comerciais de

sempre, como sejam, os países Europeus, e, por outro, procurar novas redes de

relacionamento económicos, i.e., abrir novos canais de exportação e de investimento.

Importa ainda neste contexto encarar as comunidades portuguesas no estrangeiro como

uma alavanca da internacionalização da economia portuguesa, pretendendo o Governo

fomentar, por um lado, o investimento de emigrantes e lusodescendentes em Portugal

em setores prioritários (turismo, comércio e indústria, cultura), e, por outro lado,

valorizar e apoiar as empresas de portugueses e lusodescendentes no estrangeiro,

designadamente através do desenvolvimento de parcerias internacionais estratégicas

entre empresas.

O reconhecimento da lusofonia como um espaço económico, educativo e identitário,

implica uma atuação política capaz de cumprir os desígnios definidos que passem pela

valorização linguística e pela promoção de uma CPLP mais forte através da aposta na

cooperação diplomática, com vista ao desenvolvimento político, económico, científico,

cultural e social do espaço lusófono.

Sendo a Língua Portuguesa um dos grandes ativos de Portugal e das comunidades

portuguesas espalhadas pelo mundo, é importante reconhecê-la como um fator de

identidade e como uma mais-valia cultural, científica, política e económica. Assim, a

valorização da língua portuguesa assume-se como uma estratégia que envolve todo o

Governo, devendo abranger diferentes áreas como a cidadania, a economia, a cultura, o

ensino e o património.

No que respeita às comunidades portuguesas no estrangeiro, importa valorizar a sua

força, quer económica, quer cultural, quer política. É, assim, crucial estimular a ligação

dos emigrantes com a sua pátria, apoiá-los nos países de acolhimento e salvaguardar os

seus direitos enquanto cidadãos nacionais. Os emigrantes portugueses no mundo são os

melhores embaixadores de Portugal, pelo que valorizando essa diáspora está-se

automaticamente a valorizar Portugal. Assim, e no que respeita ao vetor das

comunidades de portugueses no estrangeiro, o Governo tem como principais linhas de

atuação as seguintes: (i) Facilitar a ligação dos portugueses residentes no estrangeiro às

entidades públicas nacionais; (ii) Potenciar o exercício da cidadania e a