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II SÉRIE-A — NÚMERO 99 46

A Economia da zona do euro registou um crescimento real mais baixo (+0,9%) face ao observado para a

Economia Mundial, ainda que infletindo o resultado dos dois anos precedentes, com suporte no crescimento da

procura interna e das exportações, a par de uma evolução ligeiramente favorável dos níveis de emprego e de

desemprego (cuja taxa se situou em 11,4%, 0,5 p.p. abaixo da observada no ano precedente) e de uma taxa de

inflação média reduzida (+0,4%), refletindo a redução dos preços dos produtos energéticos e o fraco crescimento

da procura interna. As taxas de juros de longo prazo contraíram-se (em -0,7 p.p., fixando-se em 2,3% no final

de 2014), enquanto as de curto prazo desceram a níveis próximos de zero (0,08% em média, em dezembro de

2014).

Fonte CGE 2014 p. 23

Neste enquadramento, destaca a CGE 2014, que a Economia Portuguesa cresceu 0,9% em termos reais,

traduzindo uma inflexão face ao comportamento evidenciado desde 2010, alicerçado na recuperação da procura

interna, em particular do consumo privado e do investimento. Com efeito, registou-se um crescimento da primeira

daquelas componentes em 2,1% (que compara com -1,5% no ano precedente); por sua vez, a formação bruta

de capital fixo aumentou 2,5%. A procura externa inverteu a evolução do ano precedente, passando a contribuir

negativamente para a variação do PIB (-1,2 p.p.), o que refletiu um abrandamento do ritmo de crescimento das

exportações (de 6,4% em 2013 para 3,4% em 2014), em paralelo com uma aceleração das importações (de

3,9% para 6,4%).

O ano de 2014 foi, assim segundo a CGE 2014, marcado pela inversão do ciclo económico, tendo

apresentado o primeiro crescimento real da atividade económica desde o ano de 2010, associado a um

contributo positivo da procura interna que compensou o contributo negativo da procura externa líquida.

Em termos do mercado de trabalho, verificou-se, segundo o documento enviado pelo Governo, uma redução

da taxa de desemprego, que se situou em 13,9% (16,2% em 2013), em paralelo com uma inversão do

comportamento da evolução do emprego (de -2,6% em 2013 para +1,6%), alicerçado sobretudo nos setores da

indústria transformadora e dos serviços. Por fim, destaca a Conta que a par de uma evolução favorável do

emprego, o ano de 2014 foi marcado por um aumento do consumo privado em 2,1% (-1,5% em 2013), fruto de

um crescimento expressivo do consumo de bens duradouros (14,9%) e de bens correntes não alimentares

(1,3%).