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15 DE JUNHO DE 2018

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2016, renovando níveis historicamente baixos, com a Euribor a três meses a situar-se, em média, em -0,26%

(valor nulo em 2015); enquanto nos EUA as taxas de juro de curto prazo prosseguiram o movimento ascendente,

tendo a Libor subido para 0,74% (0,32%, em média, em 2015), refletindo o prosseguimento da normalização da

política monetária em linha com a expansão económica e a subida da inflação.

Assim, tendo em conta este enquadramento económico internacional, o Governo avança que, em 2016, o

valor do défice orçamental das Administrações Públicas (AP) fixou-se em 2% do PIB. O saldo primário registou

um excedente orçamental de 2,2%, observando-se uma melhoria de 2 pp face ao ano anterior. Face a 2015, o

saldo das AP apresentou uma melhoria de 2,3 pp do PIB, como resultado do efeito conjugado de redução da

despesa (-3,3 pp do PIB) e da receita (-0,9 pp do PIB). Contudo, as medidas temporárias e on-off, incluindo o

Programa Especial de Redução de Endividamento ao Estado (PERES), contribuíram em 0,3 pp do PIB para a

redução do défice.

Segundo a CGE 2016 a economia portuguesa registou um crescimento de 1,4% em termos reais, menos 0,2

pp do que em 2015. A procura interna contribuiu com 1,5% e a procura externa com 0,1%. Ainda assim, o

contributo da procura externa líquida foi, em 2016, menos negativo do que o registado um ano antes.

Afirma o Governo que o consumo privado registou, em 2016, um crescimento de 2,3%, menos 0,3 pp do que

em 2015. Esta desaceleração resultou essencialmente da desaceleração do consumo de bens correntes e

serviços, enquanto o consumo de bens duradouros permaneceu robusto. No que se refere ao consumo público,

apresentou um crescimento real de 0,5% em 2016, menos 0,1 pp do que 2015, sendo que o investimento1 foi a

componente da procura interna que mais contribuiu para a desaceleração da atividade económica. Após crescer

4,7% em 2015, a FBCF apresentou uma quebra de 0,1% em 2016.

Acrescenta o Relatório que as exportações apresentaram uma desaceleração de 1,7 pp (tendo crescido

4,4%), em especial ao nível das exportações de bens (-1,9 pp), em linha com a evolução da procura externa

relevante, sendo que as importações, por seu turno, cresceram 4,4%, menos 3,8 pp do que em 2015, tendo

ocorrido de forma transversal ao nível dos bens (de 8,5% em 2015 para 4,7% em 2016) e dos serviços (-4,4 pp

para 2%).

QUADRO 2 – PIB e principais componentes

(Taxas de variação homóloga, em %)

2014 2015 2016 2015 2016

I II III IV I II III IV

Taxa de crescimento homólogo real (%)

PIB 0,9 1,6 1,4 1,7 1,7 1,6 1,4 1,0 0,9 1,7 2,0

Consumo Privado 2,3 2,6 2,3 2,8 3,4 2,1 1,9 2,5 1,6 1,9 3,0

Consumo Público -0,5 0,7 0,5 -0,2 1,1 1,0 1,1 1,2 0,5 0,2 0,3

Formação Bruta de Capital Fixo 2,3 4,5 -0,1 8,8 5,9 2,1 1,5 -2,5 -2,2 -0,1 4,5

Procura Interna 2,2 2,5 1,5 1,8 3,9 2,0 2,4 1,5 0,8 1,0 2,5

Exportações 4,3 6,1 4,4 7,7 7,6 5,6 3,7 3,7 1,9 5,6 6,4

Bens 4,3 6,6 4,7 8,6 8,0 6,5 3,5 3,8 2,5 5,8 6,5

Serviços 4,5 4,8 3,6 5,4 6,5 3,2 4,2 3,2 0,1 5,0 5,9

Importações 7,8 8,2 4,4 7,6 13,0 6,4 6,0 4,8 1,5 3,9 7,3

Bens 7,6 8,5 4,7 7,4 13,4 6,9 6,5 5,3 1,9 4,2 7,5

Serviços 8,7 6,4 2,0 9,0 10,4 3,6 3,2 1,4 -1,0 1,6 6,0

Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)

Procura Interna 2,2 2,6 1,5 1,8 3,9 2,1 2,4 1,5 0,8 1,0 2,6

Procura Externa Líquida -1,4 -1,0 -0,1 -0,1 -2,3 -0,5 -1,1 -0,6 0,1 0,7 -0,5

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Nota: Contas Nacionais Trimestrais.