O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

automóvel, têxtil, borracha/plástico e couro. Este impacto reflete-se igualmente na expetativa de preços de venda, apresentando as indústrias têxtil e do couro níveis superiores ao da média do setor industrial.

Quadro 1.2. Indústrias mais afetadas por falta de material e/ou equipamento em Portugal (julho de 2022)

Nota: A identificação das indústrias mais afetadas segue o critério da percentagem se situar acima da média histórica mais três desvios padrão. De acordo com esta regra, o limite para Portugal é de 22,1% em julho de 2022, de acordo com a metodologia de Kataryniuk, I. et al (2021), «Euro Area manufacturing bottlenecks» —Economic Bulletin 3/2021; Banco de España. O peso da indústria no Valor Acrescentado Bruto refere-se ao total da indústria transformadora e à média 2017-2019.

Fontes: Comissão Europeia, inquérito trimestral; Instituto Nacional de Estatística.

Relativamente à área do euro, as indústrias que mais foram afetadas pela falta de material/equipamento para a sua produção representam quase 71% do total do VAB da indústria transformadora (com destaque para os setores automóvel, produtos metálicos, equipamento elétrico, borracha/plástico e couro).

Pode assim concluir-se que a proporção da indústria portuguesa que revela exposição direta significativa à escassez de fornecimentos decorrentes das disrupções nas cadeias de valor é, em comparação com a média da área do euro, bastante menor, quase metade. A respetiva resiliência residirá na capacidade de adaptação à escassez específica que enfrenta, designadamente a identificação de fontes ou produtos alternativos, relocalização das cadeias a montante do sistema produtivo, entre outros.

As maiores dificuldades de abastecimento de produtos na indústria têm contribuído para a escassez da oferta e consequente agravamento dos custos de produção da indústria, bem como para a subida dos preços da generalidade dos produtos. Porém, as expetativas de preços de venda do setor industrial, que atingiram um pico em março/abril, tanto em Portugal quanto na área do euro, diminuíram nos últimos meses, mantendo-se no entanto em níveis bastante elevados.

Gráfico 1.16. Expetativas de preços de venda da Indústria

(SRE,VCS)

Gráfico 1.17. Stock de produtos acabados da indústria

(SRE,VCS)

CAE Indústria Transformadora Empresas (%) Peso no VAB (%)

11 Produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 39,9 3,6

30 Fabricação de outro equipamento de transporte 38,4 0,8

18 Impressão e reprodução de suportes gravados 36,8 1,7

21 Produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 34,4 2,4

27 Fabricação de equipamento elétrico 33,7 2,7

28 Fabricação de máquinas e de equipamentos 31,0 3,7

29 Fabricação de veículos automóveis , reboques e componentes para veículos 29,3 6,9

15 Indústria do couro e de produtos associados 29,1 4,1

13 Fabricação de têxteis 25,0 5,7

22 Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 24,9 5,2

Tota l : : 36,8

10 DE OUTUBRO DE 2022 _______________________________________________________________________________________________________________

29