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Fonte: Comissão Europeia. Fonte: Comissão Europeia.

A crise da pandemia de COVID-19 mostrou a vulnerabilidade das economias face às cadeias de valor globais, expondo fragilidades de diversos sistemas produtivos e fileiras industriais assentes sobre um modelo de produção baseado na fragmentação internacional e na logística just-in-time. Estes modelos assentam no funcionamento sem fricções das redes de produção e distribuição, um elevado nível de previsibilidade da procura e baixos custos de transporte. Adicionalmente, a guerra na Ucrânia veio acrescentar pressão sobre a resiliência deste modelo de produção, mantendo vivas — ou até reforçando — questões referentes a uma possível reconfiguração das cadeias de abastecimento e opções logísticas (e.g., movimento para um regime de produção just-in-case).

Num mundo geopoliticamente mais tenso e incerto, a globalização das cadeias de valor vê-se impelida a reconfigurar-se, designadamente com um maior recurso a fornecedores em locais menos distantes e com o retorno a uma prática de stocks, de modo a melhorar o equilíbrio entre a segurança do fornecimento e as considerações de eficiência. Estas alterações estruturais vão tender a manter algum nível de fricção no horizonte de previsão do Orçamento do Estado. Bibliografia: ATTINASI, Maria Grazia; DE SANTIS, Roberto A.; DI STEFANO, Claudia; GERINOVICS, Rinalds; TÓTH, Mátá Barnabás (2022), «Estrangulamentos nas cadeias de abastecimento na área do euro e nos EUA: qual o ponto de situação?» — Boletim Económico do Banco Central Europeu, 2/2022.

KATARYNIUK, I. et al (2021), «Euro Area manufacturing bottlenecks» — Economic Bulletin 3/2021, Banco de España.

LE ROUX, Julien (2022), «How persistent supply chain disruptions could affect euro area potential output» — Boletim Económico do Banco Central Europeu, 1/2022.

Economia nacional

Atividade económica mantém-se forte em 2022

Não obstante a envolvente externa marcada pela ocorrência de eventos adversos e atípicos que têm impactado negativamente a evolução da generalidade das economias, a economia portuguesa, e principalmente o mercado de trabalho, evidenciaram, na primeira metade do ano, uma forte resiliência. Tal traduziu-se no crescimento do PIB acima da média da área do euro (9,7%, em termos homólogos reais, que compara com 4,8%, na área do euro), pelo aumento da taxa de atividade para níveis historicamente elevados, reduzidos níveis de subtilização do trabalho e por uma taxa de desemprego historicamente baixa e inferior à média da área do euro.

Ainda que a primeira metade do ano esteja influenciada por efeitos de base (no primeiro trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia de COVID-19

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II SÉRIE-A — NÚMERO 98 _______________________________________________________________________________________________________________

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