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aforro (0,3 mil M€), o financiamento líquido positivo por via destes instrumentos

permite compensar a redução do saldo de CEDIC (-5 mil M€) e da dívida no âmbito do

PAEF (amortização de 1,5 mil M€ ao MEEF) (Gráfico 7, painel direito).55

Gráfico 8 – Fontes de financiamento do Estado

Custo da dívida (%) Instrumentos de dívida (mil M€)

Fontes: MF, IGCP e Bloomberg. | Notas: Custo da dívida emitida pelo Estado divulgado pelo IGCP na publicação do Boletim Mensal, correspondendo ao custo médio das novas emissões de BT, OT, OTRV e Medium Term Notes, ponderado pelo montante e maturidade correspondentes. Outra dívida = CEDIC, CEDIM, Outra dívida de curto prazo, Outra dívida de longo prazo, Dívida não euro e Fluxos de capital de swaps (líq.); OTRV = Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável; BT = Bilhetes do Tesouro e OT = Obrigações do Tesouro; CA = Certificados de Aforro e CT = Certificados do Tesouro; PAEF = Programa de Assistência Económica e Financeira; PRR = Plano de Recuperação e Resiliência.

A inversão da política monetária traduziu-se num aumento dos custos de

financiamento. Como referido no Relatório do CFP de análise à POE/2022, a alteração

da política monetária por diversos bancos centrais e a incerteza nos mercados

financeiros representam um risco desfavorável para o custo de financiamento do país.

O atual contexto de aumento da inflação em Portugal e outros Estados Membros, que

conduziu já à adoção de medidas de normalização da política monetária por diversos

bancos centrais, bem como a incerteza gerada pela guerra Rússia-Ucrânia, deixam

antever a continuação da subida gradual dos custos de financiamento, afastando-se das

condições historicamente favoráveis verificadas nos últimos anos. Efetivamente, ao

longo dos três primeiros trimestres deste ano, a taxa de juro para a maturidade a dez

anos no mercado secundário de dívida fixou-se em 1,9% em média, subindo 1,6 p.p. face

à média do ano anterior. Esta subida refletiu-se no custo da nova dívida emitida pelo

Estado56, que passou de 0,6% em 2021 para 1,3% até ao 3.º trimestre de 2022 (Gráfico

8, painel esquerdo). Concretamente, tomando como exemplo as emissões da OT Out

55 Montantes ao valor de encaixe, que equivale ao valor nominal, excluindo os juros.

56 Dívida emitida pelo Estado composta pelo custo médio de BT, OT, OTRV e Medium Term Notes,ponderada pelo montante e maturidade correspondentes, divulgada pelo IGCP na publicação do Boletim Mensal.

2,6

1,8

1,1

0,50,6

1,3

3,0

1,8

0,8

0,4 0,3

1,9

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

2017 2018 2019 2020 2021 3T2022

Custo da dívida emitida pelo Estado

Taxa de juro de mercado das OT 10 anos0,3

5,0

12,9

0,0

0,0

- 1,5

0,8

- 5,1

1,4

1,9

3,5

- 3,5

0,8

- 0,5

0,7

5,5

- 10,0 - 5,0 0,0 5,0 10,0 15,0

CA + CT

BT

OT

OTRV

SURE

PAEF

PRR

Outra dívida

2022 2023

27 DE OUTUBRO DE 2022______________________________________________________________________________________________________________

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