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II SÉRIE-A — NÚMERO 131 78

conjugadas com estratégias de promoção da coesão e do reforço da competitividade dos diferentes

territórios. Assim, o Governo irá:

• Desenvolver e adotar uma estratégia nacional de desenvolvimento regional e urbano, tendo em vista a

promoção da capacitação e inovação nos mecanismos de territorialização integrada e de governação

colaborativa multinível e a efetivação equilibrada de resultados das políticas públicas no território;

• Continuar a incorporar o desígnio de coesão territorial, de forma transversal, nas diversas políticas

públicas setoriais pertinentes;

• Reforçar a mobilidade das pessoas dentro de territórios de baixa densidade e na sua ligação ao resto

do País, como instrumento fundamental de coesão social;

• Assegurar a conectividade digital em todos os territórios do interior.

No âmbito do PRR, a contribuir para este domínio de intervenção, está previsto para o período 2022-

2026 missing links e aumento da capacidade da rede (312 M€) – Conjunto de intervenções rodoviárias

orientadas para a eliminação de travessias urbanas e a adequação da capacidade da rede de estradas,

assim como para o reforço das acessibilidades aos grandes corredores e às interfaces multimodais.

Em relação ao segundo eixo de intervenção, para se superar a falta de competitividade e produtividade

dos produtos e serviços nos territórios de baixa densidade é crucial promover a qualificação do tecido

produtivo, a diversificação das atividades económicas, a atração de ativos qualificados, a incorporação de

conhecimento e tecnologia, a adoção de métodos de produção mais sustentáveis e eficientes, a adoção de

modelos de organização do trabalho e de modelos de negócio, que permitam atividades de maior valor

acrescentado. Tudo isto permite a assunção dos territórios de baixa densidade como espaços de

oportunidades, por via também do aproveitamento dos recursos endógenos – naturais e culturais – como

fatores de diferenciação, afirmação e valorização dos territórios rurais, das produções locais e da paisagem.

Contribuindo para este complexo de propósitos e objetivos, o Governo irá:

• Promover a obtenção de escala e a abertura de novos mercados para os produtos e serviços,

nomeadamente de nicho;

• Continuar a promover a contratação de trabalhadores qualificados, em especial jovens, no interior,

reforçando o Programa +CO3SO Emprego e o Programa Contratação de Recursos humanos

Altamente Qualificados;

• Estreitar as relações entre empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional,

explorando as sinergias entre o tecido empresarial, as instituições de ensino superior e os centros de

I&D, tal como preconizado no programa +CO3SO Competitividade;

• Qualificar e promover os produtos locais e/ou artesanais de excelência, com elevado potencial de

inserção em mercados de nicho ou de maior escala;

• Difundir o turismo de natureza.

Promover e apoiar o desenvolvimento de um ecoturismo marinho e costeiro sustentável, em alinhamento

com a Estratégia recentemente adotada pela UE para uma economia azul sustentável.

Em relação ao terceiro eixo de intervenção – relacionado estreitamente com o anterior –, o combate às

disparidades territoriais, nomeadamente às que têm expressão acentuada nos municípios do interior –

caracterizados por uma densidade populacional muito baixa e um índice de envelhecimento elevado –,

implica definir e aprofundar políticas públicas orientadas para a atração de investimento para esses

territórios que crie emprego e permita fixar populações. Para isso, é necessário colmatar as desvantagens

estruturais e competitivas, associadas à menor provisão de bens e serviços, de modo a reduzir os custos de

contexto, mobilizando apoios e incentivos suficientemente atrativos, quer ao investimento, quer à criação e

atração de emprego, assentes nos fatores competitivos endógenos ou na sua valorização. Para tanto, o

Governo irá: