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II SÉRIE-A — NÚMERO 131 86

investimento tecnológico, capacitando as organizações e facilitando a transformação organizacional,

criando e adaptando os fundos e linhas de apoio à tipologia e à diversidade de projetos para

incentivar o aumento de escala e a transformação digital – através de acesso a um catálogo de

serviços digitais;

• Implementar planos de formação setoriais (Emprego + Digital) que permitam dotar os quadros de

gestão e técnicos das PME, disponibilizando mecanismos de formação orientados para as

necessidades específicas e em formatos compatíveis com a articulação do dia a dia das PME,

capacitando as organizações e facilitando a transformação organizacional, partilhando e

disseminando o conhecimento gerado por experimentação e implementação de tecnologias e práticas

em estreita colaboração com os Digital Innovation Hubs nas vertentes de intensificação da utilização

de Inteligência Artificial, Cibersegurança e Computação de Alto Desempenho;

• Apostar na criação de uma rede nacional de Test Beds através de infraestruturas que visam criar as

condições necessárias às empresas para o desenvolvimento e teste de novos produtos e serviços e

acelerar o processo de transição digital, seja por via de espaço e equipamento físico com forte

componente digital ou de simulador virtual/digital;

• Estimular a digitalização de PME, com foco em microempresas do setor comercial, com vista a ativar

os seus canais de comércio digital, incorporar tecnologia nos modelos de negócio e desmaterializar

os processos com clientes e fornecedores por via da utilização das tecnologias de informação e

comunicação através de Aceleradoras de Comércio Digital e Bairros Comerciais Digitais.

De encontro aos objetivos da transformação digital das empresas, destacam-se os seguintes

investimentos no âmbito do PRR, para o período 2022-2026:

• Transição Digital das Empresas (450 M€) – este investimento contribuirá para a transformação dos

modelos de negócio das PME portuguesas e para a sua digitalização, visando uma maior

competitividade e resiliência, integrando quatro programas: i) A Rede Nacional de Test Beds, visando

criar as condições necessárias às empresas para o desenvolvimento e teste de novos produtos e

serviços; ii) Comércio Digital, visando ativar os seus canais de comércio digitais, incorporar tecnologia

nos modelos de negócio, bem como desmaterializar os processos com clientes, fornecedores e

logística por via da utilização das tecnologias de informação e comunicação e apoiar a

internacionalização; iii) Apoio a Modelos de Negócio para a Transição Digital, visando fomentar a

integração de tecnologia nas empresas, apoiando o desenvolvimento de processos e competências

organizacionais que fomentem a transformação digital do modelo de negócio das organizações; iv)

Empreendedorismo, materializando o reforço no desenvolvimento do ecossistema empreendedor,

incubadoras e aceleradoras. Prevê-se apoiar mais de 50 mil PME, constituir 50 bairros de comércio

digital, 25 Aceleradoras de Comércio Digital, apoiar a criação de 30 Test-Beds e atingir quatro mil

empresas com formação teórica e consultoria focada na Indústria 4.0 e emitir vouchers para três mil

start-ups;

• Capacitação Digital das Empresas (100 M€) – Pretende-se a criação de dois programas de formação

interligados, com abordagens inovadoras e que visam colmatar lacunas nas competências digitais

dos trabalhadores (funcionários e empresários) e das empresas:

i) Academia Portugal Digital, consistindo numa plataforma e programa de desenvolvimento de

competências digitais em larga escala dirigida aos trabalhadores do setor empresarial;

ii) Emprego + Digital 2025, consistindo num programa de capacitação em tecnologias digitais que visa

responder aos desafios e oportunidades de diversos setores empresariais nomeadamente

indústria, comércio, serviços, turismo e agricultura, economia do mar e construção. Prevê-se com

esta iniciativa atingir 800 mil formandos.

Em termos de catalisadores da transição digital, o Governo irá: