O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 174

30

de Abreu, lavrou o Tombo da Igreja de S. Miguel de Gualtar. No Século XVII era vigararia anexa ao Arcediago

da Sé de Braga, tendo nessa data cerca de 100 vizinhos. A Igreja Velha de S. Miguel de Gualtar, era um edifício

com frontispício virado a poente, com nave de duas águas e torre sineira e, na soleira da porta de acesso ao

coro, possuía uma inscrição com a data de 1685. No fim do Século XVII julga-se que a primitiva igreja românica

tenha sido modificada. Em meados do séc. XVIII, o altar-mor foi embelezado com talha dourada; também nessa

data, a Imagem de S. Miguel foi substituída. A fachada principal é típica do séc. XVIII, data em que a igreja

sofreu uma grande modificação arquitetónica, alterando, principalmente, o seu frontispício com arte da era

moderna, continuando a parte norte até à atualidade com a sua bela e histórica arte românica. Na parede exterior

do altar-mor e no interior da nave, no arco cruzeiro e portas laterais, são visíveis as modificações arquitetónicas

introduzidas nas reconstruções dos Séculos XVIII/XIX, onde o seu interior foi embelezado e enriquecido com

arte sacra bracarense da época. Ainda no património da era moderna é importante fazer referência às várias

casas, capelas, cruzeiros e alminhas existentes. De entre elas, o destaque, para a Casa da Pia (casa típica do

Século XVII/XVIII), a Casa da Quinta do Pomar (Século XVIII/XIX) e a Capela de Nossa Senhora do Desterro,

localizada nesta última quinta. Incontornável, é, ainda, o complexo de Sete Fontes (monumento nacional),

situado nas freguesias de Gualtar e S. Victor, uma obra de engenharia hidráulica única, datada do princípio do

Século XVIII com importante valor histórico, ambiental e arquitetónico. Trata-se de um «sistema de

abastecimento de água composto por 14 galerias subterrâneas (minas) e 6 depósitos de junção. Ao todo é um

conjunto construído em pedra trabalhada que se estende por cerca de 3500 metros. As minas subterrâneas têm

no seu fundo caleiros rasgados na pedra que conduzem a água através de galerias (algumas chegam a ter mais

de 1 km de comprimento), até aos depósitos de encontro. Por seu turno, a água que aí corre vai confluindo em

depósitos espalhados na vertente (seis ao todo numa distância aproximada de 500 metros). O primeiro depósito

a montante, que recebe água de duas minas, fi ca no ponto mais alto (264 metros), e ostenta a maior pedra

d'armas, em pedra lavrada, do seu doador. Existem mais três depósitos, que embora sejam mais pequenos,

apresentam o mesmo modelo, de planta circular e cobertura em domo com pináculo no topo; os restantes são

apenas bocas de minas com portas trabalhadas. Destes depósitos sai a conduta que traz água para a cidade,

construída de pedras justapostas formando uma fi leira de cerca de 3 km. São pedras retangulares com um

comprimento à volta de um metro e meio metro de lado e vazadas no interior formando um tubo com trinta

centímetros de diâmetro».

• Idade Contemporânea:

Algumas construções e património da freguesia de Gualtar marcam o período da Idade Contemporânea. De

referir a existência de casas com interesse histórico, pela sua beleza e valor arquitetónico, a começar pela Casa

da Quinta de Santo António, datada do Século XIX/XX. Também a Casa da Família Rodrigues, na Estrada Nova;

a Casa (Vila Maria) no Lugar de Barros, da família Silva Pinto, tipo chalé brasileiro; a Casa da Quinta da Igreja,

da família Costa Lima; o Palacete [entretanto demolido] da casa da família Sameiro, onde viveram os célebres

pilotos bracarenses Gaspar, Roberto e Vasco Sameiro e a Casa da Quinta da Vergadela, típica de

lavrador/proprietário do fim do Século XIX / princípio do Século XX. O cemitério de Gualtar foi inaugurado em

1885, conforme placa existente na sua entrada. Os anos de um passado relativamente recente têm dado a

conhecer uma freguesia com o seu quê de inovadora e vanguardista, comprovam-no, e a título de meros

exemplos, o ter sido a primeira a aprovar um loteamento urbano (1992), ou a disponibilizar internet gratuita a

todos os habitantes (2006), ou ainda a existência de um planetário (desde 2010 integrado num Centro Ciência

Viva), que aos dias de hoje continua a ser único em toda a região, entre outras particularidades que se poderia

enunciar e que são bem demonstrativas de uma forma de estar e ser destas gentes.

Infraestruturas sociais, educativas, recreativas e culturais etc.

Cumprindo com os requisitos legais, a freguesia de Gualtar dispõe, entre outras, das seguintes

infraestruturas: