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II SÉRIE-A — NÚMERO 200

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Pedralva e a futura subestação de Sobrado, reconhecido anteriormente como PIC da Comissão Europeia70,a

qual, para além de potenciar o aumento dos valores de capacidade de interligação, permitirá facilitar o

escoamento de eletricidade de origem renovável;

▪ Para o horizonte 2030, foram já efetuados pelos operadores das redes de transporte de Portugal e

Espanha (REN e REE) no âmbito do Ten-Year Network Development Plan 2016 (TYNDP) um conjunto de

análises de muito longo prazo, as quais conduziram a uma estimativa de valores de capacidade de interligação

de 3500 MW no sentido Portugal→Espanha e 4200 MW no sentido Espanha→Portugal;

▪ Numa perspetiva de mais longo prazo, 2040, as capacidades comerciais de interligação poderão situar-

se nos 4000 MW no sentido Portugal→Espanha e nos 4700 MW no sentido Espanha→Portugal, valores

identificados como «Target Capacities» para a fronteira Portugal-Espanha em estudos realizados no âmbito do

TYNDP 2018, não se encontrando ainda identificados os eventuais reforços de rede ou novas interligações

necessárias para atingir estes valores de capacidade de interligação.

No setor da eletricidade destacam-se, ainda, outros projetos associados ao reforço de redes internas, tanto

de transporte como de distribuição, para integração e acomodação da produção de energia elétrica de origem

renovável, e para dar resposta às necessidades de grandes consumidores nomeadamente os seguintes:

▪ 2025-2026: Reforço da RNT a 400 kV na zona do Minho;

▪ 2026-2027: Receção de energia offshore ao largo de V. Castelo – Fase 2;

▪ 2026-2028: Ligação a 220 kV Vila Pouca de Aguiar-Carrapatelo;

▪ 2027-2029: Ligação a 400 kV Ribeira de Pena-Lagoaça;

▪ 2029-2030: Receção de energia offshore ao largo de V. Castelo – Fase 3.

ii.2. Gás Natural e Gases Renováveis

Para dar resposta aos compromissos estabelecidos a nível europeu e tendo por base a política energética

nacional, nomeadamente em termos de integração de mercado interno e segurança de abastecimento, e na

procura de um sistema nacional de gás mais robusto, eficiente e interligado, Portugal procura desenvolver a

respetiva rede de transporte e distribuição, contando à data com projetos que contribuem para esse objetivo.

Portugal, no desenvolvimento do Sistema Nacional de Gás, pretende implementar um conjunto de projetos

que procurarão dar resposta às necessidades de curto e médio prazo, preparando-se e dotando-se de

infraestruturas que permitirão, posteriormente, a completa descarbonização do sistema gasista nacional,

maximizando o aproveitamento de ativos.

Para o efeito prevê-se um conjunto alargado de ações e projetos dos quais se destacam (entre eles alguns

já indicados no ponto 2.4.2 deste Plano):

▪ O reforço da capacidade de armazenamento do AS do Carriço em duas cavidades com capacidade

adicional de 1,2 TWh. Estas cavidades adicionais prevê-se estarem em funcionamento em 2027 e 2028 e

estarão adaptadas para o armazenamento de 100 % H2;

▪ A realização de investimentos no Terminal de GNL de Sines que permitirão a trasfega de GNL entre

navios permitindo o reenvio de até 8 bcm/ano deste combustível (a partir de 2023) e de melhoria de condições

de amarração de metaneiros, permitindo, por um lado, reduzir limitações de acostagem em condições de mar

mais adversas e, por outro, aumentar a geometria dos navios (previsto para 2026).

▪ A realização de investimentos nas infraestruturas existentes, sejam ao nível da rede de transporte ou de

distribuição de gás, que permitam a receção de gases renováveis e veiculação de gás natural e gases

renováveis, especialmente biometano, bem como misturas crescentes de H2. Inserido no conjunto de Projetos

de Interesse Comum (PIC), cuja última lista foi publicada em abril de 2024, relativos às infraestruturas de

interligação de hidrogénio da Europa Ocidental (Grupo 9), está o Corredor Portugal – Espanha – França –

Alemanha (9.1), composto pelos seguintes projetos (designados em conjunto por «H2med»):

9.1.1 Infraestrutura interna para o hidrogénio em Portugal (designado por «PT Backbone»);

9.1.2 Interligação de hidrogénio entre Portugal e Espanha (designado por «CelZa»);

70 Anterior PIC 2.16.1 Linha interna entre Pedralva e Sobrado (PT), anteriormente designada Pedralva e Alfena (PT).