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4 DE OUTUBRO DE 1997

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3 — Finalmente, considerou-se que o Centro Português de Fotografia deverá ter a preocupação de editar catálogos de todas as exposições/produções de sua directa responsabilidade. No caso dos catálogos, não deverá haver obrigatoriedade de formato ou modelo gráfico.

5 — Redes de informação

Considerou-se que uma das funções fundamentais do futuro Centro Português de Fotografia deverá ser a de organizar e manter actualizado um sistema de circulação de informação, mediante a constituição de bases de dados abrangendo campos vários, a saber:

1) Fotógrafos: endereço, biografia, bibliografia;

2) Museus: endereços, horários, colecções, publicações, outros;

3) Escolas: endereços, cursos, ementas, propinas, pré-requisitos, graus, nomes dos professores, outros;

4) Associações: endereços, objectivos, actividades, condições de participação, instalações e equipamentos (relacionados com as actividades propostas), outros;

5) Colecções/arquivos: endereços, teor da colecção/ arquivo, condições de consulta (chamou-se a atenção para as dificuldades decorrentes do carácter privado de certas colecções importantes, salientando-se que, neste caso, a informação só será consultável pelo público se o proprietário o desejar);

6) Concursos: organizadores, objectivos, datas, prémios, endereços;

7) Bolsas de estudo/trabalho e outros apoios disponíveis: entidades, natureza, datas, condições de pedido, endereços;

8) Agências fotográficas/bancos de imagem: endereços, especializações, condições de acesso da oferta e da procura (fornecimento e compra);

9) Jornais e revistas: endereços, periodicidade, preço, condições de assinatura, especializações. (Nota — Serão incluídas todas as publicações diárias ou não diárias que incluam regularmente espaços dedicados à fotografia);

10) Agências de modelos: endereços, especializações, condições de acesso da oferta e da procura;

11) Críticos/investigadores: endereço dos locais de trabalho (não privados), trabalhos desenvolvidos;

12) Bibliografia: título, editor, data, preço, locais de consulta e venda. (Nota. —Bibliografia especializada);

13) Contactos internacionais: endereços, actividades;

14) Agenda: actividades de interesse para a fotografia a nível nacional e internacional.

Chama-se a atenção para a importância de levar a cabo um primeiro levantamento para a fase de constituição das bases de dados e do estabelecimento de acordos de informação com as várias entidades, de forma a possibilitar uma actualização permanente dos dados.

Considera-se também muito importante que o Centro Português de Fotografia possua uma pequena biblioteca de consulta local, incluindo a assinatura das revistas internacionais mais importantes, e ainda um serviço de fotocópias.

Ainda com objectivos de informação — marcadamente pedagógica—, o Centro Português de Fotografia poderá

organizar e fazer circular — em escolas ou outras instituições de acesso de grande número de jovens — uma exposição (ou várias pequenas exposições) sobre aspectos básicos da técnica e da história da fotografia.

A mesma experiência deverá intentar-se no que diz respeito a diaporamas e ou CD-ROM sobre história da fotografia, técnica e história das técnicas fotográficas. Nestes casos, o trabalho deve ser encomendado ou, o que parece mais viável e económico, deverá negociar-se a tradução de material deste tipo já existente.

Finalmente, considerou-se da maior importância estabelecer a ligação do Centro Português de Fotografia à Internet.

6 — Políticas de atribuição de subsídios

Nas suas linhas gerais, pode dizer-se que este ponto remete para os pontos 2.3 e 4 (a saber: apoio à produção contemporânea, políticas de exposições e políticas editoriais).

Considerou-se que o Centro Português de Fotografia poderá atribuir bolsas, fundamentalmente com dois objectivos: desenvolvimento de projectos (bolsas de manutenção) e estudo (em Portugal ou no estrangeiro, não se atribuindo, em princípio, bolsas no estrangeiro para níveis que existam em Portugal).

Podem também candidatar-se a subsídios projectos de conservação, que devem ser concedidos sempre que o espólio em questão seja considerado de interesse público, mediante parecer de especialistas. No caso deste tipo de subsídios, deverão ser negociadas, caso a caso, contrapartidas para o Estado.

Na atribuição dos subsídios deve ser dada uma particular atenção a apoios a cursos de formação para formadores.

7 — Circulação: estratégias de divulgação e promoção da fotografia no plano nacional e internacional

a) O princípio geral a informar a actuação do Centro Português de Fotografia neste campo é o de que o que deve circular é o que é de melhor qualidade, independentemente de ser ou não produção do próprio Centro.

b) Criação de prémios anuais para distinção de: melhor exposição, melhor publicação (catálogo, livro, trabalho de investigação, etc), melhor portfolio, melhor trabalho de investigação não publicado. Esta iniciativa não deverá revestir necessariamente a forma de concurso, o que exige, da parte dos responsáveis do Centro Português de Fotografia uma atenção particular a todas as produções realizadas durante o ano no campo da fotografia (atenção igualmente repartida por todas as áreas de manifestação da produção fotográfica), a fim de proporcionar a quem tenha que atribuir o prémio (entendendo-se que deverá ser uma comissão constituída para o efeito) os dados necessários e suficientes para que se possa pronunciar.

c) Considera-se imprescindível a ligação do Centro Português de Fotografia à Internet.

d) As propostas respeitando à circulação nacional são remetidas para o ponto de políticas de exposição, chaman-do-se a atenção para a importância de uma eficiente articulação de calendários e actividades e para a necessidade de uma preocupação particular na ligação às autarquias e suas iniciativas próprias no sentido de fornecer apoio e ou materiais (nomeadamente exposições). Em síntese, o que se pretenderia é que o Centro Português de Fotografia funcionasse, por um lado, como curatorial assislance e,