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8) Quanto às afirmações do Primeiro-Ministro no Parlamento no dia 24 de Junho, feitas

em resposta a uma pergunta concreta colocada pelo CDS, as suas próprias palavras

tornam bastante clara escassa adesão à realidade das afirmações que então proferiu. A

um tempo, afirmou que o Governo não tinha recebido qualquer tipo de informação

sobre o negócio e que não estava dele informado. A outro, afirmou o Primeiro-Ministro

o seguinte: “Porque uma coisa é naturalmente discutirmos aquilo com amigos, como

fiz, relativamente às notícias que vinham nos jornais e aos conhecimentos informais,

outra coisa é, como disse no Parlamento, como primeiro-ministro o conhecimento

oficial e conhecimento prévio que tive desse negócio”. Duas versões que não são

complementares na lógica nem precisas quanto à factualidade. Mais uma vez, é

legítimo pensar que o Primeiro-ministro não disse ao Parlamento tudo o que sabia;

outra coisa é pensar que esta Comissão possa provar até onde ia o conhecimento do

Primeiro-ministro ou através de quem o obteve.

Assim sendo, porque o relatório íntegra, no essencial, este nosso parecer, votamos a favor.

Que esta Comissão, limitada nos termos em que descrevemos, sirva, ao menos, para uma coisa: que

este Primeiro-ministro de Portugal – ou qualquer outro – pense duas vezes antes de tentar interferir

na comunicação social.

8 DE JULHO DE 2010______________________________________________________________________________________________________________

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