O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Esclerose Tuberosa e perturbações do foro psiquiátrico.
O início do 6.º ano começou logo por ser complicado. Apesar “dos esforços de todos os grupos
profissionais, sem exceção, da Escola Pedro Jacques Magalhães, o David continuou a regredir”.
“O sofrimento do David aumentou e por muito esforço que fizesse, porque sabia que tinha que ir
à escola, ele pedia-me ajuda para não sofrer e perguntava-me “se morresse, o sofrimento
acabava”. Eu sentia-me impotente e pensava como é que eu podia exigir todos os dias ao meu
filho que sofresse.
No final do segundo período, "o David foi duas vezes à urgência de pedopsiquiatria do Hospital
D. Estefânia e o pedido que ele fazia aos médicos era sempre para lhe acabarem com o
sofrimento, porque a escola é grande, o barulho é muito, não entende o que lhe dizem e que
não aguenta mais”.
A angústia e impotência sentida pela Mãe e pelos professores despoletaram um pedido para
mudança de escola. A professora de ensino especial do David e a médica que o acompanha
visitaram o Colégio Eduardo Claparéde. Nesta altura, a Mãe contactou a DRELVT e questionou
o técnico que a atendeu relativamente à possibilidade de ser autorizado o pedido de
transferência para este ano letivo. A Mãe foi informada que “era difícil” e questionada “porquê só
agora?”. A resposta da Mãe foi ”o filho que eu tinha em Outubro não é o filho que eu tenho
agora”.
O David encontra-se no Colégio Eduardo Claparéde em período experimental. Logo após uma
semana, os resultados, a alegria e a motivação começaram a sentir-se na sua vida.
É fundamental que os pais tenham respostas e garantias do Ministério da Educação sobre o
encaminhamento do David no atual e próximo ano letivo. Os pais e professores do David da
EB2/3 Pedro Jacques de Magalhães entendem que o melhor para este aluno seria a sua
manutenção no Colégio Eduardo Claparéde enquanto isso for adequado às suas necessidades
e enquanto se sentir bem.
O mínimo que se pode exigir é o respeito pela situação deste menino e da sua família, e a
garantia do acompanhamento e apoio necessário à resolução deste problema.
Pelo exposto e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio perguntar ao
Governo, através do Ministério da Educação, o seguinte:
1- Tem o Governo conhecimento desta situação? 2- Concorda ou considera incorrecta a forma de tratamento desta situação? 3- Que medidas vai tomar para garantir uma resposta breve e a resolução desta situação? Palácio de São Bento, quinta-feira, 24 de Maio de 2012
Deputado(a)s
RITA RATO (PCP)
II SÉRIE-B — NÚMERO 222
______________________________________________________________________________________________________________
30


Consultar Diário Original