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10 DE JANEIRO DE 2014

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4 Operações com estruturas complexas designadamente associadas à performance de índices proprietários dos bancos, snowballs com caps ou resets, snowballs sobre a inclinação da curva EUR e range accruals com 3 condições

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Classificação reservada a snowballs sem caps ou resets (com exceção de snowballs sobre a inclinação da curva EUR) dada as suas especificidades nomeadamente a elevada probabilidade de atingirem cupões muito elevados, capazes de pôr em causa a viabilidade financeira da empresa

Opacidade

Operação dependente de fatores de risco difíceis ou mesmo impossíveis de compreender e

acompanhar;

Dependência face à contraparte com quem se contratou a operação para obtenção de valorizações e

para proceder a eventuais restruturações/saída da operação;

Exemplo típico deste tipo de operações são aquelas que se encontram dependentes da performance de

índices proprietários dos bancos com os quais foram contratadas.

Alavancagem/Toxicidade

A alavancagem e a toxicidade estão, no caso do portfolio de derivados analisado pelo IGCP,

interligados;

A alavancagem resulta do facto da sensibilidade à variação da taxa de juro do valor de mercado do

derivado ser superior à do passivo subjacente, ou seja o(s) fator(es) de risco do derivado estão sujeitos a um

efeito multiplicador. De uma forma simplista, poder-se-á dizer que equivale à contratação de um derivado com

um montante nocional superior ao do financiamento que lhe está subjacente;

A toxicidade refere-se à possibilidade do cupão a pagar atingir valores muito elevados, nalguns casos

capazes de pôr em causa a própria viabilidade financeira da empresa (em concreto foram classificados como

tóxicos snowballs sem caps e estruturas com caps superiores a 10%).

Day1 PV

O preço teórico de um derivado é dado pela diferença entre o valor descontado de todos os montantes a

receber e de todos os montantes a pagar até à maturidade do contrato. Na data de contratação de uma

operação, este preço deverá ser zero ou próximo de zero. O Day1 PV é o desvio do valor de uma operação de

derivados face ao seu justo valor (fair value) no momento da sua contratação inicial e em eventuais

reestruturações;

Representa o custo para a empresa de desfazer a operação no primeiro dia da mesma;

Este custo inclui o lucro do banco, o bid-ask de todos os instrumentos que o banco utiliza para cobrir o

risco da operação e reservas mantidas para riscos não cobertos (tendem a aumentar com a complexidade) e

para os riscos de contraparte e de financiamento de futuras variações de valor;

Transações complexas e opacas estão normalmente associadas a valores de Day1 PV elevados. De

notar que, não sendo na totalidade lucro do banco, este valor traduz-se necessariamente num custo acrescido

para a empresa;

Consequentemente, verificam-se situações onde, apesar da estrutura contratada ter tido uma

performance positiva, o MtM atual é negativo, em virtude dessa performance não ter sido suficiente para

compensar o Day1 PV

A relevância deste último fator não tinha sido detetada numa primeira fase, mas a análise aprofundada

ao histórico das operações demonstrou ser este fator responsável por uma parte significativa do valor de

mercado atual das transações, no caso de alguns bancos/empresas

No universo de operações problemáticas, apuraram-se valores de Day1 PV considerados excessivos

em 80% das transações, sendo que nestes casos o Day1 PV explica 81% do valor de mercado atual das

operações.”