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12 DE OUTUBRO DE 2015

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Tabela 3.6 Exposição do Grupo BES ao ES Bank Panamá (valores em milhões de euros)

31.12.2013 31.03.2014 30.06.2014

Exposição 183 211 342

Fonte: Relatório de contas intercalar do BES, com referência a 30 de Junho de 2014

A exposição do BES à ESFIL ascendia a 29 milhões de euros em dezembro de 2013, 111 milhões de euros

em Março de 2014 e a 482 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2014 (Tabela 3.7).

Tabela 3.7 Exposição do Grupo BES à ESFIL (valores em milhões de euros)

31.12.2013 31.03.2014 30.06.2014

Exposição 29 111 482

Fonte: Relatório de contas intercalar do BES, com referência a 30 de Junho de 2014

Segundo os dados acima apresentados, o aumento de exposição do Grupo BES ao ES Bank Panamá, entre

final de dezembro de 2013 e final do primeiro semestre de 2014, atingiu os cerca de 159 milhões de euros.

O acréscimo de exposição do Grupo BES à ESFIL ascende a cerca de 453 milhões de euros.

Somando os dois valores, o total de acréscimo de exposição rondaria os 612 milhões de euros.

De acordo com Isabel Almeida, a partir de uma certa altura, foi necessário reduzir a exposição à ESFG:

«A determinada altura, em Maio [de 2014], foi dada uma determinação por parte de um comité das partes

relacionadas, no sentido de ser reduzida, nessa altura, a exposição que o Banco tinha à Espírito Santo Financial

Group (e, quando digo «Espírito Santo Financial Group», estou a incluir a ESFIL, o Banco do Panamá, a Espírito

Santo Financial Group, o Banco do Dubai e o Banque Privée), que era, salvo erro, de 530 ou 560 milhões,

próximo dos 600 milhões de euros. E, nessa altura, foi determinado que o Banco devia procurar reduzir essa

exposição.»

Estes factos são corroborados por Joaquim Goes:

«Mas o que lhe posso dizer, como, aliás, já referi aqui, de forma muito clara, é o seguinte: relativamente ao

Espírito Santo Financial Group, nomeadamente a essas entidades que referiu — a Espírito Santo Financiére e

a Espírito Santo Bank of Panamá — eram entidades que pertenciam ao grupo onde havia estes limites

interbancários e aquilo que foi estabelecido na reunião do dia 9 de Maio da comissão de partes relacionadas foi

a definição de uma nova política contrária ou, se quiser, mais restritiva do que aquela que o Banco anteriormente

estava a seguir, no sentido de limitar essa exposição não colateralizada, portanto sem garantias, a 400 milhões

de euros e só permitindo que novas operações fossem concedidas se houvesse colaterais, portanto se houvesse

garantia.»

A Directora do DFME do BES Isabel Almeida afirma que houve operações que foram efectuadas contra as

medidas determinadas pelo Banco de Portugal:

«Peço desculpa, não estava a fazer os cálculos correctos. Para além disso, existe uma outra operação de

28 milhões de euros. Portanto, são três parcelas: de 72, de 20 e de 28. E penso que a de 20 é esta do Banque

Privée, a que me estava a referir, e não de 28, e a de 28 tem a ver com uma operação de adiantamento por

conta da Rioforte. Ou seja, há uma operação aprovada, que estava a ser negociada para a Rioforte, no montante

de 135 milhões de euros, colateralizada, tanto quanto sei, e é-me dada autorização para adiantar esses fundos

à ESFIL por conta desse financiamento, que estava a ser concedida à Rioforte. Quando o financiamento é

regularizado e é concedido à Rioforte, a ESFIL diz, a seguir, que só teria emprestado à Rioforte 107 milhões e,

por isso, não devolve 28 milhões dos que tinham sido adiantados inicialmente.