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Portanto, 6,6 mil milhões de euros resultantes, de forma direta, de atos

praticados pelos anteriores responsáveis pela gestão do BES.”

Na mesma linha, o depoimento de Pedro Machado, que diz o seguinte:

“O meu papel foi, conjuntamente com a equipa de supervisão, numa

primeira fase, termos sido surpreendidos pelo conjunto de atos… Primeiro,

as cartas de conforto.

….. eu estive envolvido e depois em todo esse período em que nos são

trazidos ao conhecimento atos que são, eu diria, de gestão ruinosa: quer

as cartas de conforto, quer o reconhecimento, mais tarde, da operação de

recompra das obrigações próprias, com prejuízo, através do veículo da

Eurofin”. (destaque nosso)

Contudo é importante referir que a supervisão só em 2014 vem a ter plena

perceção desta realidade, conforme resulta dos depoimentos de Luís Costa

Ferreira e Pedro Machado, quando uma supervisão mais atenta

necessariamente teria de ter conhecimento deste grupo suíço ligado ao BES

muito antes de 2013, até porque esta prática já remontava a 2008.

Uma supervisão ativa e intrusiva que tivesse promovido uma investigação

à colocação de obrigações e ao perfil dos seus adquirentes teria, muito mais

cedo, percebido esta realidade.

Outros esquemas foram usados pela administração da ESFG, a que já supra

afloramos, mas que sobre os quais também, ao tempo, havia

conhecimento, como por exemplo a utilização de esquemas denominados

como o “window dressing”, práticas não transparentes em termos

prudenciais, usadas como forma de obter financiamento indireto e que

envolviam a companhia de Seguros BES Vida e que geravam danos

reputacionais significativos.

II SÉRIE-B — NÚMERO 8 ______________________________________________________________________________________________________

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