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II SÉRIE-B — NÚMERO 22

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Em face da crise suscitada pela pandemia da doença COVID-19, a generalidade dos países implementou

um conjunto de medidas de política, nomeadamente monetária e orçamental.

Nesse quadro, a política monetária caraterizou-se por uma orientação fortemente acomodatícia, a fim de

garantir condições de liquidez mais favoráveis para o sistema bancário, assegurar a manutenção do fluxo de

crédito à economia real e o financiamento à economia. Ao mesmo tempo, diversos bancos centrais

implementaram medidas não convencionais para mitigar os efeitos económicos e financeiros da crise económica

e social provocada pela pandemia.

Em matéria de política orçamental, a maioria dos países adotou medidas de apoio aos sistemas de saúde, à

liquidez das empresas e aos rendimentos das famílias.

Na UE, as medidas nacionais foram complementadas por ações concertadas a nível da União, destacando-

se a introdução, neste âmbito, de instrumentos de financiamento como o SURE ou o Next Generation EU, a par

da flexibilização na aplicação das regras orçamentais europeias, com ativação da cláusula de derrogação de

âmbito geral do Pacto de Estabilidade e Crescimento, e das regras de auxílios estatais, com a criação do quadro

temporário de auxílios estatais no âmbito do qual os Estados-Membros podem apoiar financeiramente as

empresas e os cidadãos que enfrentem dificuldades devido às consequências económicas da pandemia de

COVID-19.

Economia portuguesa

Acompanhando o padrão da economia mundial e europeia, a economia portuguesa conheceu a maior

recessão desde que há registos em 2020, com uma diminuição do PIB de 7,6% em termos reais.

O decréscimo do PIB em Portugal, apesar de mais acentuado do que a verificada na média dos países da

Área do Euro (-6,6%), terá sido mitigado pelas medidas tomadas pelo Governo de apoio à economia e ao

emprego, às empresas e às famílias. Com efeito, apesar de significativa, a queda do PIB português foi menor

do que a verificada em outros países europeus com um peso relevante do setor do turismo, como Espanha (-

11%), Itália (-8,9%) e Grécia (-8,2%).

A redução do PIB foi mais expressiva face ao esperado, em junho de 2020, quando da elaboração do

Orçamento Suplementar para 2020, uma vez que a retoma antecipada para a segunda metade do ano foi

interrompida pelo recrudescimento dos contágios, seguido do reforço de medidas de confinamento. Pelo