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II SÉRIE-C — NÚMERO 6

fizéssemos em 2 anos aquilo que os senhores não fizeram em 10. Vamos, no entanto, pouco a pouco.

Em relação ao Programa AGIR, o Sr. Deputado Adriano Azevedo disse que se sente preocupado em relação à diminuição de verbas. Tem toda a razão! Eu também queria mais dinheiro para este Programa, mas ele não foi aprovado com mais verbas. A única coisa que posso fazer é lamentar. Se quiser, reconheça a minha incapacidade nesse ponto, mas tenho de reconhecer que o Sr. Deputado tem razão. Eu próprio o disse na Comissão de Juventude.

Quanto à formação de dirigentes associativos, vamos

fazer um esforço nessa matéria, assim como na formação de técnicos do IPJ, depois de ser resolvido todo o problema dos funcionários das casas de cultura.

O Sr. Deputado Afonso Candal falou também na questão da droga. O Sr. Ministro Adjunto falará nesse tema, mas, sinceramente, creio que um dos problemas que têm estas áreas da política de juventude ou do combate à droga é que, posteriormente, é impossível quantificar as medidas. Enquanto as auto-estradas são quantificadas e a construção de centros ou de escolas também o pode ser, estas políticas e o seu investimento não têm resultados quantificáveis, mas têm uma implicação fundamental na vida dos próprios jovens.

Só quem não conheça o programa OTL, para citar um programa que nem sequer foi criado por este governo, e as referências e implicações que tem na formação individual de cada jovem, de jovens que descobriram vocações e ocupações e que se sentem úteis a uma comunidade —e hoje, um dos problemas é que as pessoas não se sentem úteis e os jovens não encontram motivos para terem referências de inserção nas próprias comunidades — é que

pode dizer isto. A escola é excessivamente teórica, não é um sítio onde se está, é um sítio para onde se vai, por onde se passa e, portanto, isto não pode ser feito de um momento para o outro e tem de ser feito com a ajuda de todos.

Esta é a determinação e são as orientações do Sr. Ministro Adjunto, e julgo, sinceramente, que, com os meios que a Secretaria de Estado da Juventude tem, damos um contributo para essas orientações e esse combate que o Sr. Ministro Adjunto tem direccionado de forma que eu considero excelente.

O Sr. Deputado Hermínio Loureiro falou na questão da EXPO 98. Como sabe e eu já-tive oportunidade de o referir, a Casa da Juventude está a ser construída, e esperamos que o seja em tempo de dar apoio a iniciativas no âmbito da EXPO 98. Estão a ser ultimados um conjunto de protocolos com a referida exposição, sendo que um dos que já está a funcionar é no sentido de recrutar jovens voluntários, à semelhança do que sucedeu nos Jogos Olímpicos de Barcelona, para que possam participar, em trabalhos de interesse comunitário na EXPO 98. Aliás, a esse propósito, estamos a desenvolver um projecto com a' União Europeia no sentido de também haver jovens portugueses voluntários a participar no Mundial de Futebol, em França, no ano de 1998, e, neste momento, discute-se se ainda há possibilidade de, através de um acordo entre o Cartão Jovem e a EXPO 98, se promover um acesso mais fácil à Exposição a-um conjunto de jovens.

Neste momento, não posso dar qualquer resposta. Se tivesse, de a dar seria uma resposta no sentido contrário aos nossos desejos. E porquê? Porque todo esse processo foi negociado com a Caixa Geral de Depósitos, muito antes, as máquinas estão programadas para determinadas coisas, e, portanto, esse é um processo' em que estamos a

trabalhar já há vários meses. Neste momento, gostava de lhe dar uma resposta positiva, era bom para todos nós e também para os jovens portugueses, mas não posso fazê-lo.

Estão também a ser programadas um conjunto de iniciativas no âmbito da EXPO 98 para promover a vinda de jovens desfavorecidos à exposição. Mandei reservar todas as pousadas de juventude que estão na área de

Lisboa, precisamente para que jovens com mais dificuldades, jovens pobres, em situação de exclusão, possam ter oportunidade, através de programas devidamente integrados, de visitar a EXPO 98.

Julgo que respondi a todas as questões que me pôs, sendo que a última tem a ver com Paris.

Sr. Deputado Hermínio Loureiro, o mais que posso fazer é convidá-lo a vir comigo, de imediato, a Paris e verá que não é de certeza para visitar aquela bela cidade, que nos encanta a todos, mas é, de facto, para estar presente, com jovens luso-descendentes, numa grande iniciativa que aí se realiza todos os anos. Amanhã de manhã cedíssimo tenho uma reunião, e depois tenho uma intervenção na conferência da UNESCO, após o que virei para Portugal. Mas aí já não lhe digo o que vou fazer a seguir, porque também tenho direito, aos fins-de-semana, de ter algumas actividades não governativas. No entanto, se quiser vir comigo, terei muito gosto. Aliás, o Sr. Deputado Carlos Coelho também já deve andar aí todo agitado para ir!

O Sr. Hermínio Loureiro (PSD): — Boa viagem!

A Sr." Presidente: — Sr. Secretário de Estado, vejo que o seu orçamento é realmente bem «recheado» e até se dá ao luxo de convidar Deputados da oposição para o acompanharem nas suas deslocações.

Risos.

O Sr. Ministro Adjunto: — Uma vez sem exemplo!

A Sr.° Presidente: — Uma vez sem exemplo, mas, em todo o caso é um exemplo que nós registamos.

Vamos iniciar a discussão sobre a área da droga e aceitamos inscrições.

Pausa.

Tem a palavra, o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr." Presidente, vou fazer um grande esforço de contenção, dado ò adiantado da hora e atendendo a que ainda falta discutir outras áreas orçamentais.

Começaria por dizer que, em relação a esta matéria do combate à toxicodependência, tem sido dito, e bem, que ela une todas as forças políticas e, portanto, mais do que criticar acções que tenham sido levadas a cabo por este ou anteriores governos, importa, sobretudo, reconhecer que esta batalha contra a droga está muito longe de estar vencida, continuando a justificar-se que haja uma intensificação de todos os esforços que possam ser feitos com o objectivo de diminuir a toxicodependência e as suas gravíssimas consequências sociais.

Também não fugimos à nossa responsabilidade tva procura de soluções e na apresentação de propostas para combater a droga. Não nos custa reconhecer, e é com gosto que o fazemos, designadamente a nível do SPTT, que se