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0284 | II Série C - Número 016 | 31 de Janeiro de 2004

 

Ao constatar que em 11 de Setembro de 2001 foi a primeira vez que os EUA foram atacados no seu território, o orador conclui pela mudança que essa situação acarretou para os próprios EUA, em termos de segurança, que concluíram não poderem combater o terrorismo e as armas de destruição maciça por si próprios, de uma forma isolada, antes precisando do apoio da Europa.
Seguiu-se Gary Schmitt, que deixou expressa a ideia de que se há 10 anos, depois da queda do Muro de Berlim, se poderia questionar o futuro da NATO, hoje percebe-se o porquê do futuro da NATO:
Para o referido orador, os EUA cometeram um erro enorme ao não associarem a NATO, directamente, ao combate ao terrorismo, considerando, ainda, ser a França cada vez mais precisa na NATO.
Após a intervenção de Gary Schmitt, um Senador francês, participante no Fórum Parlamentar Transatlântico, afirmou que, do seu ponto de vista, a Europa (5% da população do Mundo) e os EUA (5%, também, da população mundial) estão condenados a manter a sua aliança, para continuarem a "defender os princípios das suas 'civilizações'".
Um Deputado italiano suscitou a questão de se "poderemos ser bons atlânticos e bons Europeus, simultaneamente?", seguindo-se a intervenção de um membro do Parlamento alemão sobre a "obrigação" de todos e de cada um dos membros da NATO contribuírem para que acabem as dúvidas sobre a unidade interna da Organização Atlântica.
Seguiu-se o tema sobre as Novas Missões e Novas Capacidades, cabendo a primeira das intervenções a Hans Binnen Dijk, para quem a futura Cimeira de Istambul servirá para relançar a Aliança, desenvolvendo a "Agenda de Praga" e consolidando os recentes desenvolvimentos estratégicos.
Para James Townsend, o orador seguinte, a NATO precisa de saber quais as disponibilidades dos países membros, na Cimeira de Istambul, para contribuir para a "definição de um novo mapa de transformação da Aliança".
A. Força de Reacção Rápida da NATO (NRF) será um dos vectores fundamentais de afirmação externa da Organização, mas a NATO não se esgotará, por certo, nesse projecto.
Também o Partenariado para a Paz (PFP) é, na opinião do orador referido, um dos programas mais importantes da NATO.
De seguida, Robert Bell afirmou que, em Istambul, o diálogo mediterrâneo deverá ser um dos pontos principais a ser abordado e cujo desenvolvimento deverá ser entregue ao novo Secretário-Geral, o qual irá beneficiar do trabalho extraordinário de Lord Robertson.
Na parte reservada ao debate, um Deputado francês afirmou que, "(...) sendo a União Europeia, inexoravelmente, uma realidade, também a relação transatlântica não é posta em causa por ninguém nessa mesma Europa".
Do debate que se seguiu, poder-se-à concluir que:

a) Será necessário um maior empenho da NATO no Iraque, apoiando a paz e a estabilidade;
b) A NATO poderá herdar o comando da divisão multinacional, que se encontra, actualmente, entregue à Polónia;
c) Os EUA não aceitam uma estrutura independente da União Europeia em matéria da planificação operacional militar, que seja uma duplicação da que a NATO possui, devendo aquela ser coordenada, compatível e transparente como a da NATO;
d) A criação dessa estrutura não deverá ser confundida com a criação de um quartel general europeu.

Na sua intervenção, o General Volney (Jim) Warner abordou o tema da Renovação das Forças Armadas dos EUA, as quais se encontram em fase de aplicação de uma nova "filosofia" de forças conjuntas.
De acordo com o referido oficial general dos EUA, na "Operação Tempestade no Deserto" foram usados 3200 aviões; em 2003, no Iraque, foram usados, apenas, 700 aviões, com mais informação, sendo esta muito mais actualizada (on time).
Nesta reorganização das suas forças (cinco, no total), os EUA estarão a praticar o que é necessário aplicar às forças da NATO, de forma a facilitar a sua interligação.
O tema seguinte abordou a questão da "Gestão de Crises e Operações de Apoio à Manutenção da Paz", da responsabilidade do General Montgomery C. Meigs (na reserva), que, desde logo, fez referência a um grande consenso internacional sobre esta matéria, ainda que, para construir um mundo, estável e seguro, se exijam esforços de todos e disponibilidade para colocar recursos à disposição das Forças Armadas respectivas.
Frederick D. Barton falou sobre a imperiosa necessidade de serem reconhecidos modelos de liderança claros e transparentes.
No debate subsequente, um outro Deputado alemão referiu ser necessário pacificar as sociedades dos países onde a NATO tem vindo ou pode vir a intervir.
Um membro do Parlamento dinamarquês disse ser necessário, antes de mais, garantir a segurança das populações locais.
Na continuação do debate, um dos Deputados franceses presentes abordou, mais uma vez, a questão da intervenção no Iraque:
Para este membro da Assembleia Nacional Francesa, poderá afirmar-se:

a) Será possível que a questão do Iraque fortaleça a união no interior da NATO;
b) Para o Iraque, tem de haver uma solução iraquiana (e não uma solução americana ou, sequer, europeia);
c) Torna-se necessária a entrada em funções de um governo democrático iraquiano, como chave para o futuro desses países:
d) Apesar de termos que admitir que o Iraque fez (e faz) dividir a NATO, é importante ultrapassar isso, sem o esquecer, mas sem o estar a lembrar permanentemente.

Na terça-feira, dia 9 de Dezembro, o Fórúm Parlamentar Transatlântico reiniciou-se com a abordagem do tema "Terrorismo e armas de destruição maciça", com a intervenção de Seth Carus, que analisou os riscos decorrentes do uso das referidas armas quanto à perturbação, em grande escala, das sociedades actuais.
O orador referiu-se ao orçamento, ainda insuficiente, dos EUA para se organizarem na defesa contra este flagelo, sublinhando as verbas dedicadas ao combate a armas biológicas.
Seguiu-se-lhe Art Cummings, que abordou a questão da transformação do FBI de law enforcement agency em investigative agency,