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21 | II Série C - Número: 028 | 3 de Fevereiro de 2007


— Falta de unidades industriais em algumas zonas, impossibilitando o total aproveitamento do produto e consequentes mais-valias. O refugo é transportado para Espanha para aí ser transformado em sumo, o que implica obviamente uma perda para os produtores.
— O problema da distribuição/comercialização e a necessidade da sua regulamentação visando a salvaguarda dos produtores; — O associativismo dos agricultores nalgumas zonas ainda tem debilidades acentuadas. Trabalhar de forma isolada implica muitas vezes menos apoio técnico e consequente menos produtividade e menor qualidade do produto; — A concorrência é muitas vezes afectada dado que aos produtores que o fazem de uma forma integrada.
São impostas normas a ter em conta em todo o processo produtivo e depois são confrontados com a vendas em feiras de produtos que não obedecem a padrões mínimos de qualidade, não se detectando autoridades de fiscalização suficientes; — A idade dos agricultores em algumas regiões é preocupante e obviamente urge inverter esta situação; — Como atrás foi dito, apesar das dificuldades que ainda permanecem na fileira, a Subcomissão teve oportunidade de ver um sector dinâmico, de olhos no futuro, com novos projectos e uma aposta permanente na inovação, na qualidade e no aumento da produtividade.

São algumas das principais potencialidades que nos foram transmitidas que de seguida se relatam:

— Apostas seguras na investigação, inovação, qualidade e produtividade. Têm vindo a aumentar o número de protocolos celebrados entre associações de produtores e universidades visando trabalhos de investigação específicos para a fileira, nomeadamente o estudo das características das espécies autóctones existentes potenciando o seu desenvolvimento; uma aposta constante na inovação procurando melhores soluções técnicas para a fileira; uma aposta incontornável na qualidade e no aumento da produtividade, sem a qual o sector não terá hipótese de competir com a forte concorrência existente.
— A produção integrada é incentivada em todas as novas produções e aceite e praticada pela maioria dos produtores, com as consequentes vantagens de qualidade e produtividade inerentes.
— A renovação de pomares é uma realidade e está na sua maioria a ser feita com os apoios técnicos suficientes que garantem a sua qualidade.
— A aposta na especificidade das nossas espécies é fundamental, o desenvolvimento do nosso património genético começa a ser uma realidade e como nos foi dito algures durante a visita, «senão conseguirmos ser competitivos pela quantidade, temos que o ser pela especificidade e variedade das nossas espécies».
— Uma postura nova dos nossos produtores associados com o lançamento de novos projectos de marketing e publicidade, projectando «Marcas colectivas de maçã» em prejuízo de marcas individuais.
— A maçã faz bem à saúde, há um défice de consumo de fruta na dieta dos portugueses, por isso o consumo de fruta deve ser incutido no consumidor, em especial a maçã, dado os benefícios que traz para a saúde.
— A maçã na escola. Exportamos toneladas de maçã para alguns países exclusivamente para ser consumida nas escolas, dado os benefícios para a saúde associados ao seu consumo. Em colaboração com os Ministérios da Educação e da Saúde, os produtores estão empenhados em introduzir nas cantinas e refeitórios das nossas escolas a maçã.
— Em muitas zonas do País há condições climáticas adequadas ao bom desenvolvimento da maçã.
— A capacidade instalada de conservação, normalização e embalagem é já muito significativa em diversos pontos do País.
— O reforço da componente associativa dos produtores em torno de associações e cooperativas, como meio de obter mais e melhor apoio técnico na produção e com vantagens e facilidades óbvias no que concerne à distribuição e comercialização.
— Ambiente, actividade agrícola desenvolvida e praticada como uma actividade «amiga» do ambiente.
— Combate à desertificação, o desenvolvimento do sector agrícola como forma de combate à desertificação da terra e das aldeias.

São estas, entre outras, algumas das potencialidades que fazem desta fileira um sector competitivo e com futuro.

Notas finais

No final destes três dias de trabalho intenso de visitas a pomares, a instalações de associações e cooperativas, de debates e contactos directos com produtores não podemos deixar de manifestar a nossa satisfação e os nossos agradecimentos.
Satisfação porque todos nos sentimos mais conhecedores da fileira, por tudo o que vimos e ouvimos e ainda pela documentação e informação que nos foi disponibilizada, estando agora em melhores condições de contribuirmos para o afastamento dos constrangimentos ainda existentes na fileira e valorizar ainda mais as potencialidades constatadas.
Agradecimento pela forma simpática e carinhosa com que fomos recebidos por todos, produtores individualmente, representantes das associações e cooperativas, autarcas e governadores civis.