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4 | II Série C - Número: 035 | 3 de Março de 2007

11 — O Deputado J. Schrõder, da Alemanha, destacou que tem permanentemente a sensação de que os europeus da ex-Alemanha de Leste, em que se inclui, estão sempre atrás da média da Alemanha e enfatizou que, por isso, é preciso distinguir o conceito de pobreza do de miséria.
Concluiu dizendo que é preciso sensibilizar a população e fazer com que a ajuda para o desenvolvimento venha para a agenda diária tal como veio o ambiente, do qual não se falava há 30 anos atrás.
12 — A Deputada Van Lancker, da Bélgica, disse que concordava que tínhamos que olhar para os nossos vizinhos, mas que era preciso olhar também para os outros que ficam mais longe e concluiu chamando a atenção para a Conferência de Barcelona.
13 — O Deputado Z. Zaleski, da Polónia, informou que estivera no Congo como observador das eleições e enfatizou o trabalho hercúleo que está sendo feito pelos missionários, tendo concluído com o alerta de que naquele país há milhões de jovens com menos de 18 anos que precisam urgentemente da nossa ajuda para a sua educação.
14 — Ao encerrar o Painel I o moderador, Filip Kaczmarek, destacou que a educação é fundamental e passou a referir um caso, para reflexão, que se passara consigo na Polónia.
Tendo organizado um seminário para jovens sobre a sida verificou que os OCS não ligaram nenhuma ao evento, o mesmo não acontecendo, algumas semanas mais tarde, a um camaronês que acusou de racistas as mulheres com quem tinha tido relações sexuais e que o obrigaram a usar preservativo.
15 — No Painel 2 intervieram António Lopez Pena, Ben Slay e Marian Caucik, após o que teve lugar um outro debate.
16 — Lopez Pena começou por afirmar que a União, no seu todo, deve ser um actor mais credível e que nos novos Estados-membros há um grande interesse por esta temática.
Informou que, no ano anterior, tinha sido dado início à elaboração de um relatório para melhor elucidar a Comissão sobre o apoio ao desenvolvimento, e que havia a ambição de, no final do ano, se poder dizer que os compromissos tinham sido cumpridos, nos termos da Declaração de Paris.
17 — Ben Slay dissertou sobre os dadores emergentes, tendo concluído com o destaque da cooperação República Checa — PNUD.
18 — Marian Caucik salientou que nunca pensara que na Eslováquia a opinião pública fosse tão favorável à ajuda aos países em desenvolvimento, como um recente inquérito demonstrara.
19 — A Deputada Scarlati, do Parlamento italiano, disse que a globalização não trouxe uma igualdade de oportunidade a todos os países, por isso a cooperação continua a ser necessária diariamente, e concluiu com o destaque à política dos 3cs: complementaridade, coesão e coerência.
20 — O Deputado Elias Kaylores, do Parlamento grego, salientou que a Europa não é apenas uma política económica e que, por isso, põe a vida humana no centro, pelo que o executivo tem que dar grandes passos para atingir os objectivos do milénio.
Referiu que a Grécia era até há pouco um país receptor, mas que agora já é um país dador.
Concluiu informando que, durante a Presidência Alemã, a Grécia se vai preocupar com a emigração e o desenvolvimento.
21 — O Deputado Schrõder, da Alemanha, questionou ironicamente se a Rússia dá ou recebe.
22 — A Deputada Kinnock, do Reino Unido, salientou que se devem incluir os novos pequenos Estadosmembros, pois é assim que se deve avançar e que, para tal, é preciso sensibilizar a opinião pública, interagindo com os cidadãos.
Realçou ainda com muita ênfase que, em todo o caso, passar de receptor a dador é sempre urna situação muito difícil.
23 — A Deputada Schmeiker, do Parlamento polaco, falou do aspecto financeiro e da consciência da sociedade.
Quanto ao aspecto financeiro, disse que está escrito corno é.
Quanto à consciência da sociedade, referiu que achava que, quanto mais elevado fosse o nível da sociedade, mais alto deveria ser o seu sentimento de ajuda, mas que na Polónia não verificava isso, talvez porque no período comunista havia um grande equilíbrio, o que não acontece agora.
Adiantou ainda que a pobreza não é resultado só de uma falta, é também resultado de uma má gestão e que lutar contra a pobreza com subsídios chega até a um certo nível, mas que não resolve tudo.
Concluiu destacando que, por isso, é preciso fomentar a educação, reformar a administração e lutar contra a corrupção.
24 — O novo Presidente da Comissão, Filip Kaczmareck, que moderou os trabalhos encerrou a audição pública questionando sobre se devíamos ajudar o vizinho ou o mais pobre, tendo de imediato respondido que devemos ser pragmáticos, isto é, ajudar o vizinho, mesmo que ele não seja o mais pobre, e ajudar o mais pobre, mesmo que ele não seja vizinho, e exemplificou com o caso da ex-Alemanha de Leste.
Acrescentou depois que a legislação de cada país deve compreender a plurianualidade dos orçamentos e prever verbas para além fronteiras.
Perguntou ainda quantos Deputados polacos sabem que a Tanzânia se tomou um país dador.
Defendeu, de seguida, a criação de uma agência para o desenvolvimento e salientou a necessidade da preparação do potencial dos futuros membros da União Europeia.