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8 | II Série C - Número: 040 | 17 de Março de 2007

A Conferência manifestou, igualmente, a necessidade de se adoptarem orçamentos orientados para a promoção da igualdade e equidade do género, o que é um factor indispensável para o combate do fenómeno da feminização da pobreza.
Tendo em conta as deliberações do V Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa, a Conferência aprovou os estatutos da Rede de Mulheres desse Fórum enquanto instrumento reitor da sua organização e funcionamento. Finalmente, a Conferência aprovou o programa de actividades da Rede de Mulheres do Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa.
As delegações expressaram a sua profunda apreciação e agradecimento ao Presidente da Assembleia Nacional de Angola e Presidente do Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa, S. Ex.ª o Dr. Roberto de Almeida, ao Grupo de Mulheres Parlamentares de Angola e aos funcionários parlamentares pelas condições de trabalho criadas para o sucesso da Conferência.
A Conferência deliberou que a presidência da Rede continue a ser exercida pela Presidente do Grupo de Mulheres Parlamentares de Angola, Deputada Lourdes Veiga, até ao VI Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa.
A sessão de encerramento da Conferência foi presidida pela Presidente da Rede de Mulheres do Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa, que reconheceu o elevado empenho dos participantes durante a Conferência e instou-os a colaborarem na implementação do programa de actividades da Rede.

Feito em Luanda, Angola, aos 16 de Dezembro de 2006.

Intervenção da Deputada Paula Nobre de Deus, de Portugal

Sr.as Deputadas, representantes das mulheres parlamentares do Fórum dos Parlamentares de Língua Portuguesa, Sr. Deputadas da Assembleia Nacional de Angola, Srs. Deputados: Espera-nos uma intensa jornada de debate e de troca de experiências, mas sobretudo temos a sensação de estar a contribuir com esta Rede Parlamentar para a qualificação da vida política e da sociedade dos nossos países, uma rede que se deseja profundamente interactiva, flexível e moderna, adaptada às condições de um mundo em permanente mudança.
Os países de língua portuguesa são detentores de um património da humanidade — a língua portuguesa —, factor de coesão da diversidade que nos caracteriza. Este património é a razão de ser de estarmos hoje aqui, é a nossa história, o nosso futuro mas sobretudo é ambição, desejo de construirmos de forma mais justa e solidária a sociedade global.
Sr.as Deputadas, Srs. Deputados: Permitam-me que vos trate por caras amigas e por caros amigos:

«Gozo sonhado é gozo, ainda que em sonho.
Nós o que supomos nos fazemos.
Se com atenta mente de resistirmos em crê-lo.»

Palavras magistrais de Fernando Pessoa, poeta da língua portuguesa que é também alma de um grande povo espalhado pelos quatro cantos do mundo, de um povo que espelha uma extraordinária força de resistência e muito importante: de esperança! Acreditar é preciso, por isso aqui estamos hoje, vindas precisamente de quatro cantos do mundo: Africa, América, Ásia e Europa. Este é certamente o espírito da Rede de Mulheres Parlamentares do Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa.
Chamo aqui a nossa especial atenção para a responsabilidade dos desafios a que nos propomos, ao chamarmos à colação desta Rede questões centrais para o desenvolvimento da humanidade, nomeadamente a defesa dos direitos humanos e o contributo para a construção da paz. Estas áreas são da máxima importância na actual conjuntura demográfica, social, económica e política, vivida neste mundo global.
Ao longo da evolução dos trabalhos desta Rede certamente ficará mais viva a percepção de que os problemas e os desafios que as mulheres hoje enfrentam atingem profundamente as nossas comunidades. É na igualdade de oportunidades entre meninos e meninas, rapazes e raparigas, homens e mulheres, que se construirão respostas de vanguarda para os desafios do século XXI. Acredito que a democracia e a paz entre os povos beneficiarão profundamente se todos nos mobilizarmos para ganhar esta batalha! A batalha pela igualdade de oportunidades entre todas as mulheres e todos os homens, de todos os povos do mundo, seja qual for a sua condição.
E para que isso aconteça temos de perceber que não se trata de uma «guerra dos sexos», mas de uma batalha que se ganha na aposta na promoção dos direitos humanos, muito especialmente na educação.
Temos de renovar permanentemente o sentido e razão de ser dos direitos humanos, de sermos exigentes com o governo dos povos e com a qualidade da educação das nossas crianças e jovens! Sr.as Deputadas, Srs. Deputados: A educação para uma sociedade mais igualitária e coesa é um pilar fundamental da mudança de mentalidades. Mas se por um lado, temos a expectativa que os nossos jovens sejam educados para a igualdade de oportunidades, por outro, temos como mulheres assumidas, implicadas