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11 DE JANEIRO DE 2014

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indústrias de tecnologia de ponta o sistema da qualidade tem de ser imune a certas deficiências, como a falta

de conhecimento. Nas atividades pré-competitivas, O CENTIMFE antecipa tecnologias, desenvolve

conhecimentos e passa-nos para a indústria. É importante que existam processos que facilitem a atualização

tecnológica destes centros, assegurando o reinvestimento e as apostas tecnológicas de fronteira. O

CENTIMFE fomenta um vasto conjunto de atividades de ligação dos jovens à indústria, de promoção do

empreendedorismo nas escolas. Apontou como grandes dificuldades o investimento tecnológico e de suporte

à criação de novas empresas, que reforcem o tecido empresarial.

Defende que os centros tecnológicos devem ter um enquadramento específico. Defendeu também

programas de apoio para montagem de candidaturas a fundos europeus.

O representante do CENTIMFE informou que, quanto às normas da qualidade, o próprio modelo não

funciona. Quanto à certificação, a qualidade do serviço que está a ser prestado pelo organismo que deveria

ser referência da qualidade precisa de ser revista. As empresas nacionais estão a sofrer muito com a imagem

de Portugal no mercado internacional, quando, do ponto de vista tecnológico, recuperaram a generalidade dos

clientes que as tinham abandonado em 2008/2009. Alertou ainda para o risco de Portugal poder perder a

acreditação. Referiu também os custos das auditorias e da acreditação de laboratórios. Quanto à articulação

entre entidades, colocou o enfoque na necessidade de “vender” competências para conseguir trazer mais

parceiros, pois a passagem da investigação para o mercado pode ser financeiramente muito onerosa. Em sua

opinião, não tem havido, nalguns casos, consistência das políticas públicas. Questionou o facto de não haver

programas de apoio à formação de quadros médios e superiores, o que leva a que muita desta formação seja

feita à conta de projetos de inovação. Deveria haver, para sectores de ponta, uma aposta muito forte uma

lógica de longo prazo, porque os centros tecnológicos fazem o interface direto com as empresas e é parar a

meio do caminho para repensar e começar tudo de novo é um problema sério. Em termos de financiamento,

considerou fundamentais os instrumentos de suporte à tesouraria para a exportação. Referiu ainda a falta de

recursos humanos do COMPETE para em tempo útil avaliar as candidaturas e os projetos. Denunciou também

a falta de instrumentos de políticas públicas para induzir as empresas a fixarem-se nas incubadoras.

CTCP

O representante do CTCP lembrou que a norma ISO 9000 é o referencial que todos usam para a

qualidade. Defendeu uma maior concentração nos fins a atingir do que nos instrumentos para os atingir, com

focalização nos objetivos. Referiu que as PME são, por definição, pouco compatíveis com investigação a

médio e longo prazo. A tipologia de projetos mais interessantes são os projetos I&DT. Quando se investiga um

novo material, por exemplo, isso vai dar origem a novos produtos, vai exigir novas qualificações de recursos

humanos, nova maquinaria para o processar. Defendeu a existência de projetos industrialmente orientados,

sendo essencial incluir sempre nos projetos a questão da comercialização. A criação de conhecimentos deve

ser autónoma, financiada autonomamente. A gestão pública da certificação é necessária mas deve ter-se o

cuidado de não criar estruturas pesadas, não competitivas. Nalguns sectores, a criatividade e a inovação são

mais importantes do que a certificação.

O representante do CTCP alertou para a distorção do mercado provocada pelos valores cobrados pela

entidade que garante a qualidade. No que toca à qualificação, realçou a diferença que existe entre habilitação

e competências e reportou a existência de dificuldades, por parte das PME, de enquadrar a formação

efetivamente necessária às empresas. A maioria dos investimentos ligados ao empreendedorismo só tem

sucesso se ligados à IDT. Neste sector, não acredita no capital de risco. Criticou a dificuldade que os vários

agentes têm em trabalhar em rede, considerando que os centros tecnológicos conseguem fazer a ponte entre

as PME e as universidades.

CTCV

O representante do CTCV informou que o centro tecnológico foi alargando a sua base de atividade e o seu

alvo num conjunto de sectores empresariais que extravasam a cerâmica e o vidro. É maioritariamente detido

por empresas, a sua vocação é a atuação no sentido do reforço da competitividade das empresas. O produto

português tem maiores vantagens quando é diferenciado junto do próprio cliente. O CTCV tem um conjunto de