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234 Il SERIE NUMERO 5:¢Ry

havia razéo para ter qualquer problema e apresentei.o Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro ao Sr. Ministro das Fi- nangas, que n&o se conheciam. Julgo que essa foi a unica vez que estiveram juntos.

Relativamente ao contrato-promessa de compra e venda entre Emanuel de Sousa e EUTA, julgo que foi mais do interesse do Dr, Manuel de Sousa que da firma EUTA, porque o Dr. Emanuel de Sousa nao sabia para quem era o andar, tinha muita confianga comigo e ia fazer um contrato-promessa para ele? Disse-me: «Toma o dinheiro, depois vemos para quem é o andar e faz-

-se a escritura depois.» Realmente, eu nado pensava que a escritura demorasse tanto tempo e que ainda hoje nado esteja feita, mas ele tem a posse do andar, pode utiliza- -lo. Como disse, ha muitos casos. em Portugal — mais do que deveria haver — em que nao ha escrituras fei- tas. Naquele caso e felizmente, depois de muita luta, requerimento 4 Camara para mudar°o ‘nome (sabe como € que sao as burocracias na nossa terra!) é que se conseguiu que o nome viesse mudado, se faga'o re- gisto definitivo e se possa fazer a escritura, que sé nado se fez em Agosto por um problema de feérias.

Relativamente 4 mediadora, tem toda\a razdo, até me sensibilizou bastante porque a funcdo de uma em- presa, além de outras, é ganhar dinheiro; se nao ga- nhar dinheiro tem que fechar a porta. Penalizou-me bastante — ja aqui disse varias vezes infelizmente — porque disse ao Dr. Emanuel de Sousa que queria yven- der por 13 500 contos (foi o que os meus servigos. dis- seram) e nado. consegui!

Disse ao engenheiro Vitor Ribeiro que nao queria passar por «vendedor da banha da cobra». Tinha-lhe dito que era muito facil vender, que se vendia em trés ou quatro meses, E.noto; ha pouco disse-se aqui que era seis meses depois; nao ficou claro se os trés,ou qua- tro. meses era depois da escritura, se era depois do contrato-promessa da compra e venda. E como:a es- critura foi prometida para 31 de Janeiro e a venda foi feita em Marco até sé passaram trés meses, se for re- lativamente ao contrato-promessa de compra e venda realmente sdo seis. O problema:para mim era um prazo razoavel, ndo se colocou’o assunto em termos de con- dic&o contratual, néo se passou’a escrito. As pessoas conversam, tém confianca, felizmente que é assim: as pessoas acreditam umas nas outras. Portanto, na rea- lidade quando ofereci os servigos da Arena era para a Arena ganhar algum dinheiro. Sé que na altura vi que nao haveria lucro porque aquilo tinha sido nego- ciado equitativamente — 11 500 contos era um preco justo. Mas trés meses depois, se a gente sabe o que é que tem acontecido a evoluc&o dos pregos, ou seis me- ses depois provavelmente os 13 500 contos ja era bom. E mais tarde, curiosamente, o Dr. Emanuel de Sousa até me disse: «Olhe, ja tinha o andar vendido por 16 000 contos.» Ele até me afirmou isto. E até the disse, como repeti hd. pouco: «Bem, vou-te facturar», e possivelmente you facturar mesmo.. Vou facturar uns servicos prestados, porque realmente. se ele vender o an- dar agora muito mais caro nao pode ficar o lucro sé para ele. Entre amigos pode-se dizer isto, nado 6?! De qualquer maneira, tem toda a razdo. Acabei por nao, ganhar nada. Agora diz-me assim: «Ou foi por favor, ao Sr. Ministro?» N&o foi. Mas se pudesse ser, tam- bém o fazia. Nao tenho nenhum problema em o: di- zer. Como familiar que sou do Sr. Ministro das Finan- cas, que me ofereci para fazer o meu servico e 0 servico

de... nao;tenho pejo»nenhum em ‘dizeroque’ ofereg; ao Sr. Ministro isso..Como tenho oferecido: a’ dezenas de, outras pessoas quenem sio minhas amigas, nem as conheco: de) perto; nem séo meus. familiares.

Portanto, nado foi com esse objectivo;, mas: se: fosse também, dizia que era um favor que fazia, ndo levaya nada ao Sr;Ministro; nao ia passar honorarios por ter tratado.do seu andar, nado o fazia. Mas tive 0 objec. tivo do lucro, realmente, e nfo tenho vergonha: deo dizer, quando passei para a Arena era para ganhar di- nheiro. Simplesmente, sabe que os negdcios.nem sem.

pre dao dinheiro, muitas, vezes.até dao prejuizo. Neste caso nao me deu prejuizo, mas, se por acaso quisesse levar mais longe a minha honra. por ter dito «vendo. -lhe isto facilmente», talvez até tivesse de o vender com prejuizo, o que era lamentavel. E por isso é que me precipitei mais depressa em nao esperar, porque tinha dito ao engenheiro Vitor Ribeiro que se vendia. Mas nao tinha um compromisso. Se nado vendesse, o que é que me acontecia? Entao, o Sr. Engenheiro Vitor Ri- beiro’ ficava com o andar, como ele sabia perfeita- mente. Para mim isto ¢ tao linear que parece até es- quisito que o Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro nao saiba isto. Alids, o Sr. Deputado ja aqui afirmou que o Sr>Engenheiro Vitor Ribeiro nao podia ter dito uma coisa dessas, qlie disse é «|: ..] nao tenho vocacao [...]» € que tinha dito: que gostava que se vendesse em trés Ou quatro meses. E completamente diferente de que | nao tinha sido uma permuta. A permuta foi feita, e ele ficava com o andar se nao o conseguisse vender. N&@o tenho divida nenhuma.

O Sr. Domingues Azevedo. (PS): — Estado _gravadas as declaracoeés do Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): — Exactamente, Sr. Deputado Domingues, Azevedo,

O/Sr. Presidente: — Peco, desculpa ...

Q, Sr.:Vieira de Castro) (PSD): Estao gravadas! Diz, V. Ex. muito bem. E nao:esta gravado aquilo, que V. Ex.® disse!:... Mas-esté gravado aquilo que eu: disse!

O Sr. Presidente: —:Sr. Engenheiro Almeida Henri- ques; jé terminow) a sua resposta?

©O Sr. Engenheiro Almeida Henriques: = Terminei a minha‘resposta. Se tiverem’mais perguntas, terei todo 0 gosto em résponder, estow'a disposicao°de VV. Ex.* para ‘isso.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra 0 Sr. Deputado Domingues Azevedo.

O''Sr. Domingues Azevedo (PS):°—°Sr.“Presidente, perguntas a formular ao Sr. Engenheiro Almeida’ Hen riques nao tinha mais nenhuma. Queria era refutar uma afirmacdo qué aqui foi féita pelo Sr. Deputado Vieira de: Castro, porque posso.estar:a:ser atraigoado pela mir nha memoria, mas a acta terdeas verdadeiras afirma- _ gdes do Sr. Engenheiro: Vitor Ribeiro. O que tenho! de memoria é:queio SroEngeénheiro Vitor Ribeiro diss¢ | nesta: Comissao (se nao estoua ser atrai¢oado pela mi nha memoria, masse estou a acta di-lo-d: com: fideli- dade, porque éstd gravado) que quando teve o primeifo

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