O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-D — NÚMERO 7

8

Foquemo-nos, por isso, na cooperação que é imprescindível levar a cabo. O caso da Líbia é um bom

exemplo de como uma boa iniciativa desembocou numa tragédia com efeitos incalculáveis. A NATO, apoiada

pelo Conselho de Segurança da ONU, agiu contra as forças de Kadhafi para travar uma tragédia humanitária

na cidade de Bengasi. Alcançado esse objetivo, exclusivamente com meios aéreos, foi em busca de uma

mudança de regime, extravasando o seu mandato. Morto o ditador, o Ocidente pouca força teve para erguer

um plano de reconciliação nacional no pós-guerra que esbatesse a realidade tribal e armada líbia. A

cooperação com a UE, União Africa, Liga Árabe e ONU ficou limitada a uma gestão da crise de segurança

interna do dia-a-dia, sem margem para planeamento, diálogo e integração de todas as sensibilidades num

processo política inclusivo e não exclusivo.

Por ter falhado a estabilidade na Líbia, o Ocidente retraiu-se na crise síria, subestimou a ascensão do

Estado Islâmico do Iraque e Síria, continua sem margem para mediar a conflitualidade permanente entre o

Hamas e Israel, não tem capacidade para esvaziar o poder do Hezzbolah no Líbano, e vai sendo incapaz de

travar o crescimento de redes terroristas jihadistas de ocidentais a caminho da Síria e do Iraque.

Por isso, é preciso aprender com os erros e evitar cometê-los novamente. O desgaste geopolítico Ocidental

é evidente, a sua ação é auto restritiva por falta de confiança na unidade e eficácia das missões, a

proximidade entre os eleitores e o discurso securitário e de investimento em defesa é muito difícil de travar nas

nossas democracias, e a credibilidade das nossas lideranças permanente em cheque com erros de análise, de

decisão e de concretização. Só corrigindo isto é possível enfrentar tamanhas transformações neste

Mediterrâneo que é de todos os que nele habitam. E só preparando melhor as decisões conseguimos fazer

vingar a democracia, a liberdade e a segurança de todos e para todos.”

O Deputado Duarte Pacheco (PSD) esteve presente na reunião do bureau desta Comissão, como

membro de pleno direito, no dia 14 de outubro, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Discussão dos temas a debater na próxima reunião;

2. Discussão do Plano de Atividades da Comissão;

3. Candidatura a Presidente e Vice-Presidente.

O representante português, Deputado Duarte Pacheco (PSD), eleito

para este bureau em representação do Grupo Geopolítico dos Doze Mais,

teve ocasião de subscrever a candidatura dos MP’s Gregory Scheneeman

e de Azzam Al-Ahmad respetivamente para Presidente e vice-Presidente

da Comissão, representando a África do Sul (Grupo Geopolítico Africano)

e Marrocos (Grupo Geopolítico Árabe).

Nas suas várias intervenções, o Deputado Duarte Pacheco (PSD) teve

ocasião de defender a necessidade da UIP reforçar a sua notoriedade

junto da opinião pública evidenciando eficácia nas suas ações, quer pela aprovação de resoluções

efetivamente implementadas, quer por visitas no terreno que confirmem a concretização dos seus objetivos.

Nestes termos opôs-se a aprovação das sugestões do plano de ação preparado pelos serviços, sugerindo

antes que fosse solicitado à Comissão um voto de confiança para que o Bureau apresente na próxima reunião

um plano de ação concreto e realista para o período de dois anos.

Estas sugestões foram aceites, devendo o Bureau estudar, recolher contributos e reunir antes de outubro

para preparar o plano concreto de atividades da Comissão.

Segunda Comissão Permanente - Desenvolvimento, Financiamento e Comércio:

Esta Comissão Permanente realizou duas reuniões, a primeira a 14 de outubro e a segundo a 15 de

outubro. Na sua primeira reunião, que discutiu o projeto de documento final da Assembleia Parlamentar, a ser

realizada no Peru, em dezembro, à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O debate centrou-se sobre o papel crescente do sector privado no financiamento do desenvolvimento, para

uma vida mais sustentável, tanto financeiramente como a partir de um ponto de vista social, ambiental e ético.

Os participantes concordaram que a contribuição dos parlamentares de todos os países foi fundamental para a