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6 DE AGOSTO DE 2019

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Ruth Parkin afirmou que caso não houvesse acordo, seria um impacto péssimo para a Irlanda do Norte e

que nenhuma medida de contingência seria tão positiva como o backstop.

O Sr. Deputado Vitalino Canas mostrou o seu apoio para com as instituições irlandesas, reforçando que a

União Europeia teria mostrado unidade na defesa da Irlanda. Questionou se haveria diferentes forças a ouvir

para que a Irlanda do Norte passasse a ter mais força e impacto neste processo.

Ruth Parkin elaborou sobre a evolução política na Irlanda, referindo que nas eleições seguintes as pessoas

estariam muito indecisas. Poderia existir uma abstenção muito grande, pois havia um descontentamento do

povo quanto às decisões políticas recentes. A comunidade poderia ver o processo de saída do Reino Unido da

União Europeia como processo de tornar as decisões mais locais e unionista e nacionalista. O Sinn Fein não

tomaria o seu lugar em Westminster e isso diminuiria a sua voz.

O Sr. Deputado Vitalino Canas questionou se estariam felizes com o possível acordo entre a Primeira-

ministra Theresa May e o Partido Trabalhista.

Conleth Brady respondeu que a Irlanda tinha a vontade de se manter na União Aduaneira e no Mercado

Único e o que estaria a ser discutido não era isso, mas o Chequers Agreement, que ia de encontro com o

desejado.

A Sr.a Deputada Isabel Pires referiu que não havendo acordo seria muito prejudicial. No ano anterior, na

visita de trabalho da delegação da CAE a Westminster tinha sido possível constatar que ninguém tinha

consciência do que fazer nem que decisões tomar. Referiu que o maior problema político era o processo de paz

e que no dia anterior, na Câmara de Comércio, se tinha abordado a fronteira digital e isso era uma declaração

política porque continuava a significar um acordo. Questionou se esta era uma situação positiva e se haveria a

possibilidade de alargar a fronteira até ao mar.

Ruth Parkin respondeu que as soluções tecnológicas não providenciariam as mesmas soluções que o

backstop. Não existiam soluções tecnológicas e que a existir, significa uma fronteira.

A Sr.a Deputada Isabel Pires questionou se, caso venha a existir uma fronteira tecnológica ou não, qual seria

a consequência entre os unionistas e os nacionalistas.

Ruth Parkin respondeu que seria importante não acentuar o que existiu no passado, podendo gerar uma

polarização das tensões existentes.

A Sr.a Presidente da CAE, Deputada Regina Bastos questionou se existiria um segundo referendo e se sim,

qual poderia ser o resultado.

Ruth Parkin respondeu que era preciso respeitar o resultado do primeiro referendo e negociar o melhor

acordo de saída possível.

 Reunião com o Presidente do Seanad Special Select Committee, Senador Neale Richmond, com o

Presidente da Dáil Éireann, a Câmara Baixa do Oireachtas, Seán Ó Fearghaíl TD e o Presidente do Seanad

Éireann, Senador Denis O’Donovan.

O Senador Neale Richmond agradeceu o apoio de Portugal, retribuindo-o.

 Assistência a Sessão Plenária da Dáil Éireann e do Seanad Éireann

A delegação da CAE, acompanhada pelo Embaixador de Portugal em Dublin, foi encaminhada pelo Protocolo

às galerias, de onde assistiu a uma parte da Sessão Plenária da Dáil Éireann e, posteriormente, do Seanad

Éireann.

A Sr.a Presidente da CAE, Deputada Regina Bastos, agradeceu e informou das visitas que a delegação da

CAE já tinha feito, detalhando muita preocupação com o Acordo da Sexta-Feira Santa, o Mercado Único, a União

Aduaneira, e os direitos dos cidadãos. Portugal e a Irlanda eram países muito parecidos, nomeadamente no que

diz respeito aos oceanos, alterações climáticas, pescas, cidadãos que residem no Reino Unido. Referiu ainda

que o melhor resultado seria que o Reino Unido se mantivesse na União Europeia. Concluiu afirmando que o

Senador Neale Richmond tinha o total apoio do Parlamento português.

 Reunião com a Joint Committee on European Union Affairs

O Presidente da Joint Committee on European Union Affairs, Mr Michael Healy-Rae TD, deu as boas vindas

à delegação da CAE, agradecendo a sua visita. Seguiram-se os habituais cumprimentos e trocas de impressões