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II SÉRIE-D — NÚMERO 8

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situações de crise (Liliana Tanguy, Assemblée Nationale; Ana María Botella, Cortes Generales espanhola), o

processo de alargamento aos Balcãs Ocidentais e outros países, como a Sérvia (Zsolt Németh, Országgűlés

húngaro) a importância de reforçar a relação transatlântica (Kacper Płażyński, Sejm polaco; Milan Zver,

Parlamento Europeu), bem como a relevância de adotar uma visão estratégica na política externa e de

segurança comum, visível e viável (Piero Fassino, Camera dei Deputati italiano, Nik Prebil, Drzavni zbor

esloveno), e a necessidade de adotar posições comuns relativamente a países como a Rússia, China e

Turquia, tendo sido feita menção à relação da UE com o Reino Unido (Zygimantas Pavilionis, Seimas lituano).

Em resposta, o AR/VP reiterou o interesse da UE em progredir no processo de alargamento aos Balcãs

Ocidentais, tendo feito um ponto de situação relativamente a cada um dos países. Sobre a Turquia, deu nota

de que, de momento, não existe qualquer proposta concreta para a aplicação de sanções, tendo expressado o

apoio da UE ao Chipre, e defendeu o cumprimento das resoluções das Nações Unidas nesta matéria. No

referente à relação com a China, recordou que os Estados-Membros são livres de defender os seus interesses

económicos, realçando, no entanto, a importância de adotar uma posição comum no âmbito da UE.

Na segunda ronda do debate foi salientada a necessidade demonstrada pela situação no Afeganistão de

reforçar a política comum de segurança e defesa, nomeadamente através de processo de decisão mais

flexíveis no Conselho Europeu, tendo sido referido o papel que a Conferência sobre o Futuro da Europa pode

desempenhar no reforço da capacidade de defesa da UE, bem como a importância de aumentar a autonomia

estratégica da UE (Joel Guerriau, Sénat francês), designadamente através da industrialização da defesa

europeia, do Fundo Europeu de Defesa, da Cooperação Estruturada Permanente e de uma ação conjunta

para enfrentar desafios comuns, mantendo, ainda, a cooperação no quadro da relação transatlântica.

A Deputada Isabel Meirelles (PSD), felicitou a Presidência Eslovena pelas reuniões informais de Ministros

da Defesa e dos Negócios Estrangeiros que organizou sobre a situação no Afeganistão, realçando a

importância de refletir sobre a falta de capacidade da UE em ser relevante e de tomar iniciativas estratégicas,

e destacou a necessidade de acelerar a construção das capacidades de defesa e militares da UE, a fim de

assegurar a sua autonomia estratégica da UE, em particular para prevenir catástrofes, designadamente

humanitárias. Referiu que, nos últimos anos, a UE tem se tornado uma união para a resolução de problemas

em vez de uma comunidade com uma abordagem estratégica, destacando a importância de abordar temas

como a resiliência e a autonomia estratégica da UE, podendo a Conferência sobre o Futuro da Europa

desempenhar um papel relevante nesta sede.

A Deputada Ana Miguel dos Santos (PSD), questionou sobre o futuro das relações entre a UE e o Reino

Unido, considerando o seu poder militar e posicionamento geoestratégico.

Em resposta, o AR/VP reiterou a importância da autonomia estratégica da UE, referindo que, enquanto

alguns defendem a criação de uma força militar europeia autónoma, outros defendem o reforço da aliança com

a NATO, sublinhando que a Bússola Estratégica visa criar uma União mais forte e com maior capacidade de

ação europeia, sem haver uma duplicação de esforços. Relembrou que a Política de Defesa é uma

competência dos Estados-Membros, devendo ser desenvolvida uma cultura de defesa estratégica comum,

destacando que a Bússola Estratégica procura, assim, definir orientações em torno de 4 eixos: a gestão de

crises, de que é um bom exemplo a situação no Afeganistão, a resiliência, o desenvolvimento de capacidades,

onde o FED desempenha um papel relevante, e as parcerias, sendo uma das mais importantes a parceria com

a NATO. No que concerne à relação da UE com o Reino Unido, deu nota da relutância que existe, de

momento, relativamente ao seu envolvimento na Política Comum de Segurança e Defesa, devendo manter-se

a cooperação no quadro da implementação do acordo comercial.

SESSÃO II – NOVOS DESAFIOS, PADRÕES ANTIGOS: REPENSAR AS ABORDAGENS DE POLÍTICA

EXTERNA NA UE NUM MUNDO MULTIPOLAR

Esta sessão foi moderada pela Presidente da Comissão de Política Externa da Assembleia Nacional da

República da Eslovénia, Monika Gregorčič, que deu a palavra aos seguintes oradores.

Anže Logar, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, destacou a crise no Afeganistão e a

recuperação após a pandemia como temas essenciais, que exigem uma resposta determinada e coordenada.

Salientou a importância de encetar um diálogo com as autoridades talibãs para assegurar uma transição