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8 DE JANEIRO DE 2024

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eleito; da formação de docentes em programas de educação para a cidadania nas escolas, bem como à urgência

em se criarem programas sistemáticos; dando os seus testemunhos sobre as medidas curriculares que estão a

ser implementadas a nível nacional, nos seus países.

Neste painel, interveio a Sr.ª Deputada Cláudia André (PSD), que destacou a importância de se

abordarem os valores da cidadania europeia de forma mais sistemática nas escolas, reconhecendo

que os currículos existentes oferecem alguns conteúdos, mas defendendo a necessidade de

programas mais estruturados. Salientou a importância de se sensibilizarem os professores, tanto na

formação inicial quanto na contínua, para transmitir consistentemente esses valores aos alunos.

Enfatizou que a escassez de professores deve ser encarada como uma oportunidade para integrar a

educação sobre a cidadania europeia e os valores europeus na formação dos docentes, permitindo-

lhes promover esses programas de maneira mais eficaz e consistente nas escolas.

No seguimento do debate, Michaela Šojdrová agradeceu as intervenções sobre o ensino informal,

reconhecendo seu impacto positivo nos jovens. Destacou a criação do Corpo de Solidariedade Europeu para

jovens dos 18 aos 30 anos, promovendo intercâmbios internacionais e oportunidades de aprendizagens.

Enfatizou a importância dessas atividades de tempo livre, oferecendo aos jovens experiências voluntárias

valiosas e a oportunidade de aprenderem mais sobre os seus direitos e sobre as instituições da UE.

Apoiou a proposta de criar um quadro de competências europeu para fortalecer a cidadania europeia,

capacitando os cidadãos a lidarem com a manipulação da informação. Destacou a necessidade de avaliar os

projetos a nível nacional e europeu para que todos os professores possam ter acesso a métodos pedagógicos,

tendo sempre presente as diferentes tradições locais e os valores europeus.

Para concluir, Hans Scheltema frisou a necessidade de serem libertadas verbas, sobretudo para os países

com maiores constrangimentos económicos, para traduzir e adaptar estes programas.

❖ A importância da Educação para a Cidadania Europeia para os jovens

Este painel foi inaugurado por Ilana CICUREL, MEP da CULT, para apresentar o legado do Ano Europeu da

Juventude (EYY) 2022. Enfatizou a importância central da educação para a cidadania europeia, e do diálogo

sobre esse tema, apontando a educação como um pilar fundamental da Europa. A estratégia educativa europeia,

a duplicação do orçamento do Erasmus+ e a criação das Academias de Professores foram mencionadas como

instrumentos de partilha de práticas pedagógicas. Reforçou a necessidade de formar os professores com uma

visão europeia, capacitando-os em áreas como inclusão, digitalização, línguas estrangeiras e valores europeus.

Argumentou que a educação cívica não é uma opção, mas uma obrigação, refletindo os desejos dos cidadãos,

plasmados no decorrer da Conferência sobre o Futuro da Europa. Enfatizou a necessidade de uma governança

europeia na educação cívica, apontando para a disparidade nos programas nacionais de educação cívica entre

os países e a necessidade de uma renovação pedagógica. Destacou, também, a importância da educação cívica

formal e informal, incentivando experiências de solidariedade, nomeadamente através do Corpo Europeu de

Solidariedade. Salientou a importância de reconhecer as competências adquiridas pelos jovens através da

mobilidade europeia, tanto em termos de empregabilidade quanto de desenvolvimento pessoal. Concluiu

observando a recente ambição demonstrada no último Conselho de Ministros da Educação para reforçar a

educação cívica, expressando otimismo quanto ao futuro dessa abordagem na Europa.

No período do debate intervieram Niklas Sigvardsson, do Riksdagen sueco; Balázs Barkóczi, da

Assembleia Nacional húngara; Petra Kammerevert, MEP da CULT, Sabine Verheyen,presidente da CULT;

Ronan Mullen, do Senado irlandês; Céline Calvez, da Assembleia Nacional francesa; Adrian Hatos, do

Senado romeno; Valentín Bueno, do Senado espanhol; e Nasima Razmyar, do Parlamento finlandês, que

consideraram necessário devolver aos jovens a esperança no futuro e proteger os valores europeus.

Defenderam que os conhecimentos sobre a UE deveriam ser integrados nos programas de estudo das escolas

desde cedo, não só no que toca à educação para a cidadania, mas também noutras matérias; mencionaram,

também a importância do papel dos pais e da família na educação, bem como a relevância da educação para a

cidadania para os adultos. Argumentaram a necessidade de uma coordenação entre os vários Estados-Membros

para se estabelecerem objetivos comuns para a educação, sempre no respeito pelas competências e tradições