O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Os contactos realizados permitem concluir que, em muitas situações, não havia possibilidade

alguma de combater o incêndio. Nalguns concelhos, o fogo entrou por várias direções, com

uma velocidade e severidade nada habitual, pelo que o esforço se concentrou naturalmente

na defesa de pessoas e bens. E nem sempre com êxito.

O panorama vivido nestes dias, sobretudo no dia 15 de outubro, traduziu-se numa situação de

dramático abandono, com escassez de meios, ficando as populações entregues a si próprias.

A instalação dos Postos de Comando Operacional foi igualmente abordada, concluindo-se que

estavam desfasados na sua dimensão e complexidade, não conseguindo corresponder às

necessidades exigidas pelo ataque ao fogo.

A CTI2 analisou com profundidade apenas alguns incêndios. Os critérios utilizados para

selecionar os incêndios a analisar com maior detalhe foram:

● Registo de fatalidades;

● Dimensão do incêndio;

● Existência de núcleos populacionais afetados;

● Identificação de equipamentos empresariais destruídos;

● Expressão significativa de Matas Nacionais.

Com estes critérios foram analisados 13 incêndios que são descritos com pormenor no capítulo

5. Esta análise permitiu sintetizar várias questões problemáticas em quase todos estes

incêndios, que urge corrigir no sentido de melhorar a eficácia do combate:

● Necessidade de corrigir a localização deficiente dos Postos de Comando

Operacional, a qual gerou inúmeras dificuldades para dominar do ponto de vista

estratégico, a expansão do incêndio e o respetivo combate, bem como as ações

de socorro;

● Organização de uma primeira intervenção da responsabilidade de forças

devidamente profissionalizadas e colocadas num estado de alerta logo após a

difusão dos estados de alerta;

● Definição de um sistema de mobilização de meios aéreos nos momentos em que

são mais necessários, independente das épocas do ano;

● Adoção de um sistema de comunicação eficiente, garantindo as necessárias

redundâncias para impedir falhas de ligação entre as forças operacionais e os

Postos de Comando;

● Utilização criteriosa dos estados de alerta, acompanhando cada um deles de

iniciativas precisas e necessárias sobre as iniciativas a tomar e evitando uma

vulgarização destes avisos;

● Dinamização do patamar municipal, através dos serviços municipais e das

unidades locais de proteção civil, reconhecendo-se que este terá sido o grande

ausente dos incêndios de outubro de 2017;

● Conferir operacionalidade aos Planos Municipais de Emergência, transformando-

os em instrumentos mobilizadores e de ação, e retirando-lhes o carácter de

inventário de recursos, sem capacidade operacional;

● Sensibilização das populações para uma maior cidadania e adoção de uma cultura

territorial que garanta uma preparação de defesa pessoal contra catástrofes e

17 DE ABRIL DE 2018_____________________________________________________________________________________________________________________

19